Com expectativa de público de mais de 30 mil pessoas em Old Trafford, o Manchester United recebe o Aston Villa neste sábado (3) pela nona rodada do Campeonato Inglês feminino (WSL). Em terceiro lugar, as Red Devils iniciaram muito bem a temporada, e agora buscam exorcizar o ‘fantasma da (falta de) consistência’.
Batendo na trave no sonho de disputar a Champions League feminina, a equipe vem de dois quartos lugares consecutivos nas duas últimas temporadas. Em ambas as oportunidades – em 2020/21, sob o comando de Casey Stoney, e 2021/22, já sob o comando de Marc Skinner – o conjunto iniciou muito bem, mas foi perdendo força. É claro que lesões e elenco curto impactaram na queda, mas notou-se, além disso, uma piora no desempenho e de competitividade à medida que a temporada da WSL avançava, sem conseguir finalizar de forma sólida o campeonato.
O United se reforçou na última janela visando escrever história diferente e recheou o plantel com peças de destaque: é o caso de Maya Le Tissier (zagueira), Nikita Parris (ponta), Lucía García (ponta), Adriana Leon (atacante) e Aïssatou Tounkara (zagueira). As três primeiras se tornaram titulares frequentes, o que pôde suprir, de certa forma, carências na defesa e no ataque.
Somado a isso, vem o fator principal: o amadurecimento da equipe. Com média de idade de 26,6 anos, Skinner montou um elenco que tem sido capaz de conjugar experiência e refresco da juventude. Passeando pelos setores, vale destacar algumas peças-chave:
- Goleira – Mary Earps, vazada em apenas dois jogos na WSL, é fortaleza debaixo das traves
- Defesa – Ona Battle (lateral), Le Tissier (zagueira), Millie Turner (zagueira) e Hannah Bundell (lateral) formam o sólido quarteto ideal, que ainda tem margem para crescer
- Meio – comandado pela capitã Katie Zelem, especialista em cobranças de bola parada (faltas e escanteios), que já deu cinco assistências na temporada
- Ataque – controlado por Ella Toone e Alessia Russo, dois talismãs da seleção inglesa no título da última Euro, que têm sido decisivas com gols, jogo sim e outro também




Man United Women/TwitterQuanto ao estilo de jogo, Skinner prega por uma postura bastante intensa, com foco na marcação na saída de bola adversária, forçando erros com objetivo de retomar a bola no campo de ataque. A construção é feita com participação da goleira e das defensoras, com as Red Devils trocando passes com paciência. Já no ataque, movimentação é a palavra-chave, com muita circulação e flutuação das peças. Ponto forte da equipe é a bola parada, jogada que tem sido fonte de vários gols na temporada.
Até o momento, o único tropeço no campeonato veio na derrota para o Chelsea, que mostrou que o time de Manchester ainda está um degrau abaixo das atuais bicampeãs da liga. Mas a importante resposta já veio na sequência, quando o United venceu um ‘jogo de seis pontos’ contra o então líder Arsenal, de virada, mostrando o poder de reação da equipe.
Consistência: esta é a palavra mágica buscada pelo United até o fim do Inglesão. O “fantasma da (falta de) consistência”, influenciado por lesões, contribuiu para a derrocada do time nas últimas temporadas, mas precisa ser exorcizado. Hoje, Skinner tem em suas mãos um plantel mais qualificado em todos os setores (mesmo que ainda precise de reforços) e com maior capacidade de decisão. As Red Devils não são perfeitas, oscilam como qualquer outra equipe, mas é possível dizer que estão prontas para alcançar o patamar de Champions League.
O ano termina com uma mini maratona de jogos decisivos em dezembro: Aston Villa (3) e Manchester City (11) pela WSL; Everton (7) e Sheffield United (18) pela Conti Cup.
Onde assistir a Manchester United x Aston Villa, pela WSL?
Getty ImagesÉ a terceira vez no ano que as donas da casa mandam a partida em Old Trafford. O recorde de público atual é de 20.241 espectadores, registrado no jogo contra o Everton, em março, e deve ser quebrado neste sábado (3).
United e Aston Villa já se enfrentaram uma vez na temporada pela Conti Cup. O jogo terminou empatado no tempo normal e, nos pênaltis, o Villa levou a melhor. O jogo deste sábado pode ser assistido no Star+ com exclusividade.
Os Devils têm o time completo à disposição para a partida. Defensivamente, o grande desafio será o de parar Rachel Daly: a atacante do time de Birmingham vive grande fase na temporada e vem somando gols importantes. Dividindo a artilharia da WSL com Bunny Shaw (Manchester City), Daly já anotou oito tentos no campeonato.
Prováveis escalações
Escalação provável do Manchester United: Mary Earps; Ona Battle, Maya Le Tissier, Millie Turner, Hannah Blundell; Katie Zelem, Hayley Ladd; Nikita Parris (Lucía García), Ella Toone, Leah Galton; Alessia Russo. Treinador: Marc Skinner
Escalação provável do Aston Villa: Anna Leat; Sarah Mayling, Anna Patten, Danielle Turner, Maz Pacheco; Laura Blindkilde, Rachel Corsie, Kenza Dali; Alisha Lehmann, Rachel Daly, Freya Gregory (Emily Gielnik ou Ruesha Littlejohn). Treinadora: Carla Ward
Quando é?
- Data: sábado, 3 de dezembro de 2022
- Horário 09h30 (de Brasília)
- Local: Old Trafford, Manchester - ING
