Visitar os pais no domingo à tarde. Encontrar a irmã, a cunhada, o primo na quarta-feira à noite. Virar amigo de todos os parentes daquele colega do trabalho no mês da Copa do Mundo. Futebol, para a gente, é também sinônimo de família. E se tem uma coisa que nos une ao viver o jogo é como ele sempre dá um jeito de atravessar as memórias com pais, mães, filhas, filhos... se dia de clássico é dia de casa cheia, fomos conferir histórias do tipo para o segundo episódio da série Raiz do Futebol.
A produção da Goal, que estreou com o episódio 'Improviso', tem cinco minidocumentários que vão tratar da relação do brasileiro com o futebol. Apesar dos problemas de estrutura, da influência dos times europeus, da derrota por 7 a 1 na Copa do Mundo ou do preço dos ingressos para assistir aos principais jogos, a gente ainda ama isso tudo. Da tela da TV, sentado no sofá de casa ou num bar, não se fica indiferente a um clássico ao lado de seus iguais - e, às vezes, também dos rivais.
É por isso que o segundo episódio se chama 'Família'. A premissa é que isso é uma coisa muito nossa, sem entrar no mérito se mais nossa que de outros países, mas com uma certeza: ver futebol, aqui, tem muito de fim de semana na casa da avó, de volta à infância, de atalho para reunir os irmãos na casa da mãe.
Começamos com a tarde de domingo. No bairro da Barra Funda, em São Paulo, Mariana vive com a filha e volta e meia se junta também com a mãe e com o irmão para assistir aos jogos do São Paulo. Num domingo de semifinal de campeonato contra o Palmeiras, apareceu o lado verde da família também: as primas do lado de lá deixaram a sala dividida entre provocações, risadas e abraços até o último instante do Choque-Rei decidido nos pênaltis.
Veio a noite de segunda-feira, e há muitos anos é tradição: jogo do Corinthians na casa da mãe do Lucas. Corintiano como os pais e as irmãs, fez da residência da família, em Santo Amaro, um ponto de encontro dos amigos da escola, da faculdade, do trabalho. Com cerveja que invade a madrugada e churrasco em pleno dia de semana, a família alvinegra viveu uma noite de vitória sofrida, também nos pênaltis, diante do Santos, para alívio de quem nem se importa em acordar cedo no dia seguinte.
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Por fim, um fim de semana à frente, encontramos Vamberto no Rancho Nordestino, na Bela Vista. O recifense é torcedor do Sport e, há mais de uma década em São Paulo, fez amigos que se juntam para acompanhar o time na capital paulista. Mas ele não está sozinho: no domingão de final de Pernambucano, foi com esposa e as filhas trigêmeas cantar pela vitória do Leão contra o Náutico. E ela veio, nos pênaltis, para fazer do bar, tomado por rubro-negros, um pedacinho pernambucano na capital paulista.
Juntos, entre parentes, uma coisa é certa: todos torcem, muito, mas estar ali é tão importante quanto um troféu para a camisa que carregam. No fim das contas, serão eles que farão parte dos dias felizes e tristes, eternizando dos mais emocionantes aos sonolentos jogos de tardes e noites. "Vai ser essa doença do futebol para sempre", nos disse um dos apaixonados.
A série Raiz do Futebol já teve publicada os episódios 'Improviso' e 'Família'. Nos próximos dias chegam mais três, os que tratam de samba, de praia e da presença feminina. Seguimos!