A divulgação dos áudios entre o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior e a equipe do VAR durante a partida entre Palmeiras e Botafogo pode criar precedente importante no Brasil.
O STJD julgou hoje o pedido de anulação do jogo entre Botafogo e Palmeiras e manteve o resultado de 1 a 0 a favor do time paulista. O clube carioca argumentava que o VAR teria sido utilizado de maneira irregular, já que o pênalti marcado a favor do Palmeiras teria sido dado com ajuda do árbitro de vídeo após o reinício do jogo.
QUER VER JOGOS AO VIVO OU QUANDO QUISER? ACESSE O DAZN E TESTE O SERVIÇO POR UM MÊS GRÁTIS!
O áudio divulgado durante o julgamento mostra a equipe do VAR e o árbitro conversando sobre o lance enquanto o Botafogo reinicia o jogo mesmo sem o apito do árbitro. O juiz manda o lance voltar e então aguarda a instrução para checar o suposto pênalti em Deyverson no monitor.
A FIFA sempre se mostrou contrária a revelar as conversas entre o árbitro de campo e o de vídeo. Na Copa do Mundo de 2018 a própria CBF pediu divulgação da conversa entre as equipes durante o jogo entre Brasil e Suíça, quando um pênalti não foi marcado a favor do Brasil.
Na ocasião a FIFA se recusou a apresentar as conversas, mas duas semanas depois voltou atrás e mostrou que o árbitro de vídeo havia apenas visto um "empurrão muito leve" de Zuber em Miranda.
Mais importante que os três pontos devolvidos ao Palmeiras, o caso é importante para futuros casos envolvendo o VAR.
Será possível agora que todo time que tenha perdido após uma decisão do árbitro de vídeo vai conseguir acesso às conversas da equipe para tentar achar um erro de procedimento?
Preocupante também é um dos votos no STJD ter sido acompanhado do argumento de que havia mesmo acontecido o pênalti no lance. O que estava sendo julgado era o procedimento de uso do VAR, não o acertou ou não do árbitro.
O Brasil experimenta seu primeiro ano de árbitro de vídeo e embora seja normal o aprendizado, os erros e as polêmicas, é preciso atenção. O que for tolerado agora deve ser cobrado no futuro.




