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Goleiro Wuilker Fariñez, da Venezuela, disputa a bola pelo alto com Tapia, do Peru

Da empolgação da torcida à decepção dos jogadores: os dois Perus da estreia

Em tempos de Copa América, Porto Alegre virou uma das capitais do futebol sul-americano. E vira também um pouco de Lima - pelo menos nessa primeira semana de competição. Foram centenas de peruanos animando os principais pontos da cidade e que, neste sábado, pintariam de vermelho e branco os poucos espaços não vazios na Arena no sábado de sua estreia diante da Venezuela.

Da esplanada que dá acesso aos portões às arquibancadas, o torcedor fez a festa com cantos, tirou fotos e se fantasiou. O fantasma de 69, em alusão ao duelo eliminatório que tirou a Argentina do Mundial de 70, tentava aproximar os visitantes dos poucos brasileiros que era possível identificar no estádio. Em campo, o Peru acreditou e quase saiu na frente no início, mas terminou frustrado quando o apito final soou.

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Não se pode dizer que os incas deixaram de tentar. Pressionado pela pesada derrota para a Colômbia, no último teste antes da viagem ao Brasil, o time colocou a bola no pé, buscou Paolo Guerrero na frente e, por vezes, dominou as ações em campo. Esbarrou não só numa defesa sólida, como também em um goleiro em tarde inspirada, protagonista do lance mais brilhante da partida: uma defesa quase dentro do gol, à queima roupa. Nem mesmo a vantagem numérica em parte do segundo tempo levou a sorte ao lado adversário da Vinotinto. "Resultado que chateia, merecíamos ganhar", disse o ídolo alvirrubro.

Na coletiva de imprensa, o tom do técnico Ricardo Gareca já era de certa decepção, vendo seu time chegar muito perto, mas deixando dois pontos no Sul.

"Me conformei com o rendimento, mas não com o resultado", disse aos jornalistas, enquanto também elogiava o selecionado venezuelano e agradecia o apoio maciço de torcedores para a estreia. O VAR, para muitos um 'vilão' em função dos dois gols negados ao Peru, também passou impune no discurso do argentino.

Goleiro Wuilker Fariñez, da Venezuela, disputa a bola pelo alto com Tapia, do PeruGol marcado, VAR acionado: Peru por pouco não abriu o marcador cedo na partida (Foto: Getty)

Só algum tempo depois que Rafael Dudamel e seu elenco passaram todos na zona mista, satisfeitos com o importante ponto conquistado, o grupo do Peru passou quase todo ao mesmo tempo, em fila, com semblantes sérios e pouca disposição para atender a imprensa - à exceção de nomes mais experientes como Guerrero, Jefferson Farfán e Luis Advíncula. O lateral do Tigres preferiu a resignação com o resultado, mas deu mostras de insatisfação pelo placar final.

"Simplesmente não conseguimos vencer, (mas) o empate também não foi ruim", afirmou, contundente, ao responder a um repórter de seu país. "Agora nos resta mais duas partidas pela frente."

"Sabíamos que seria um grupo muito complicado, o grupo (de jogadores) está ciente disso. Agora temos de fazer uma boa partida contra a Bolívia, mas não estamos muito preocupados (com o desfecho do primeiro jogo)".

Em uma chave na qual o Brasil desponta como franco favorito, os peruanos sabem que uma vitória sobre os vizinhos bolivianos na terça-feira (18), no Rio de Janeiro, tem cara de obrigação. Até mesmo para o seu fanático 'hincha', que já deixa a capital gaúcha rumo à Cidade Maravilhosa com alegria e otimismo - mesmo se seus ídolos pareçam estar em uma sintonia completamente diferente.

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