Pelé não é apenas o melhor jogador de futebol de todos os tempos, como também um dos atletas mais importantes que o esporte já viu. E a prova dessa relevância toda é que ele até conseguiu interromper uma guerra.
Na década de 1960, durante uma das inúmeras excursões que o Santos fazia pelo mundo, houve cessar-fogo de um conflito na África para recepcionar o Rei do Futebol e permitir que a população local pudesse ir aos estádios acompanhar sua arte.
Bem, você provavelmente já ouviu essa história. Afinal, ela circula há décadas de boca em boca entre os torcedores brasileiros, já apareceu em livros e é contada até mesmo no site oficial do clube alvinegro.
Como Pelé e Santos interromperam uma guerra com o futebol
De acordo com o Santos, o conflito paralisado por Pelé e cia. foi a Guerra do Biafra, também conhecida como Guerra Civil da Nigéria, que durou de 1967 a 1970 e provocou a morte de mais de 2 milhões de pessoas, entre militares e população civil.
Em 1969, o Santos estava visitando o continente africano quando foi contratado de última hora para jogar na Cidade de Benin contra a seleção do Meio Oeste nigeriano. Ciente do conflito que estava assolando o país, a diretoria alvinegra teria pedido garantias de segurança do governo antes de aceitar o convite.
A solução encontrada pelo tenente coronel Samuel Ogbemudia, governador da região, foi decretar feriado no dia da partida e também um cessar-fogo para que a delegação santista não fosse atingida pela onda de violência.
Nesse jogo, a equipe de Pelé venceu por 2 a 1. Com a volta da equipe santista para o Brasil, a guerra continuou. Na turnê, o Santos realizou nove jogos, teve cinco vitórias, três empates e uma derrota. Foram marcados 19 gols, e Pelé foi o artilheiro com oito gols feitos.
