O Bayern de Munique confirmou o seu favoritismo e eliminou o PSG nas oitavas de final da Champions League 2022/23. O mais novo trauma aplicado sobre os franceses também teve Lei do Ex, mas ao invés de Kingsley Coman, duplamente algoz de seu antigo clube, desta vez foi Choupo-Moting o responsável por transformar mais um insucesso francês na Europa em uma experiência ainda mais dolorosa. E didática também, pois deixa bem desenhado o quanto o Bayern se fortalece justamente onde o Paris fracassa: na sua força como equipe.
Ao contrário de Coman, cria da base parisiense que deixou o clube pela falta de oportunidades em meio a tantas estrelas, Eric Maxim Choupo-Moting quis trocar o PSG pelo Bayern mesmo com a explícita vontade dos franceses em renovar o seu contrato. Uma opção consciente, mesmo ciente de que ficaria no banco de reservas enquanto Robert Lewandowski estivesse pela Baviera. Saiu de um banco para o outro, mas após duas temporadas a espera valeu a pena: Lewandowski foi para o Barcelona e Choupo-Moting conseguiu mostrar o seu valor como um titular importante do clube alemão.
Choupo-Moting sempre foi visto mais como espécie de último recurso de gol, aquele atacante que entra na reta final de um jogo para tentar estufar as redes no abafa. Foi assim no seu melhor momento pelo PSG, quando marcou nos acréscimos para evitar eliminação frente a Atalanta, nas quartas de final da Champions League de 2019/20. Na finalíssima daquela edição, também saiu do banco de reservas em busca de um gol desesperado, mas o Bayern levou a melhor e ficou com o título graças à vitória por 1 a 0 (com gol de Coman). Meses depois, o camaronês nascido na Alemanha vestia a camisa do clube bávaro.
Agora, em sua terceira temporada pelo Bayern, Choupo-Moting mostra que não é apenas esta derradeira opção de gol desesperado: são 18 bolas nas redes (o último destes tentos na vitória por 2 a 0 contra o PSG, no duelo de volta das oitavas desta Champions) e quatro assistências na campanha atual. Os alemães perderam Lewandowski, um dos maiores centroavantes de todos os tempos, mas não parecem ser absolutamente dependentes do polonês. A explicação mais óbvia é apontar a força de toda a equipe, do goleiro ao ponta-esquerda.
Enquanto isso, mesmo com Mbappé e Messi (Neymar mais uma vez ausente por lesão) e investimento para trazer quem quiser, o PSG continua fracassando na Champions League sob o rótulo do time das estrelas que não conseguem se transformar em uma grande equipe.
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