Depois de perder para a Bélgica por 2 a 1, a Seleção Brasileira foi eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Por mais que a derrota tenha sido dolorida, é preciso entender que o Brasil caiu de pé, enfrentou uma equipe forte, com qualidade individual e que estava em um grande dia.
O Brasil tentou, buscou o jogo, equilibrou a partida e pecou nas finalizações, diferente das últimas Copas do Mundo onde colecionou decepções, seja pela forma como foi eliminado ou por como apresentou o futebol dentro de campo.
O trabalho, que começou há menos de dois anos, quando Tite assumiu a equipe em agosto de 2016, precisa seguir. O modelo trouxe o futebol vistoso de volta, o comprometimento dos atletas com o esquema tático e principalmente o apoio do torcedor que tinha se afastado da Seleção.
- Meunier e a marcação em Neymar: "esperava mais dificuldade"
- As semifinais da Copa 2018: datas, times e mais informações
- Adeus? Quem pode ter feito a última Copa pelo Brasil
- Neymar: "momento mais triste da minha carreira"
- Tudo sobre a Copa do Mundo 2018
CBF/Divulgação
(Foto: Lucas Figueiredo / CBF / Divulgação)
Prova disso foi o espetáculo que os brasileiros proporcionaram durante a Copa do Mundo. Recepção em hotel, antes do jogo, músicas, festas, emoção no hino nacional ao seguir cantando à capela, mesmo contra o protocolo da FIFA. As provocações aos adversários e a confiança no hexa.
Sem dúvida, a restauração do relacionamento entre torcida e time é um dos maiores legados desta Copa do Mundo para o Brasil. Fisicamente e de longe, nas redes sociais o que se viu foi um apoio incondicional a equipe, que mereceu o respeito por tudo o que fez até aqui.
No campo, Tite conseguiu organizar a equipe e mostrar aos jogadores a importância do comprometimento tático, o que não se viu durante a Copa do Mundo do Brasil, muito evidente na histórica goleada sofrida para a Alemanha, na semifinal.

O time que começou a Copa do Mundo da Rússia
A evolução nesse questio, inclusive, foi além. Tite trouxe novas ideias e mostrou capacidade de mudança. Um time que começou a Copa no 4-1-4-1 se modificou para o 4-4-2 e 4-3-2-1 quando necessário.
Se a campanha ficou um pouco abaixo das expectativas, o conquistado até aqui é interessante e mostra que o Brasil está no caminho certo. Caso siga o mesmo modelo de trabalho, chegará bem fortalecido na Copa do Mundo do Catar, até porque boa parte deste grupo tem idade e possibilidade de crescimento nos próximos anos.
