Era o início de janeiro no começo do novo milênio, e normalmente o Manchester United estaria treinando sob temperaturas abaixo de zero enquanto se preparava para a terceira rodada da Copa da Inglaterra. Mas, em vez disso, o time estava no Brasil, em pleno verão, disputando a edição inaugural da então chamada de Campeonato Mundial de Clubes.
Teddy Sheringham mergulhava de cabeça no mar; Gary Neville jogava vôlei de praia com os locais na orla de Copacabana; enquanto Mark Bosnich simulava uma celebração com medalha para provocar Dwight Yorke e Jaap Stam após vencê-los em uma corrida de natação.
Phil Neville chegou a garantir aos torcedores no hotel da equipe que “não estamos de férias”, mas para a imprensa brasileira, parecia exatamente isso. Um jornalista chegou a perguntar a Sir Alex Ferguson se o time estava mesmo levando o torneio a sério. “Você está completamente enganado se pensa isso”, respondeu o técnico escocês. Mais tarde, da sacada do hotel, Ferguson olhou para cima e viu seu meio-campista Nicky Butt planando no céu em um voo de asa-delta.
A imprensa britânica ficou ainda mais incomodada com o clima de descontração, já que o United havia tomado a polêmica decisão de não disputar a FA Cup naquele ano para participar do torneio. E assim, embora o clube não participe da nova versão do Mundial de Clubes, realizado nos Estados Unidos, sua desastrada aventura na primeira edição do torneio da Fifa, em 2000, continua marcada na memória — ainda que pelos motivos errados.
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