No meio do segundo tempo do clássico entre Real Madrid e Atlético, que terminou empatado em 1 a 1 pelo Campeonato Espanhol, Jude Bellingham estava pronto para uma briga. Antonio Rudiger disputava espaço com dois zagueiros adversários em um escanteio, e quando o grande alemão foi ao chão, Bellingham correu para defendê-lo.
Não está claro o que foi dito entre Bellingham e José Giménez – a barreira linguística pode ter tido algum impacto ali. Mas claramente não foram palavras elogiosas. Seguiram-se empurrões. Uma das cenas mais típicas de clássicos, um que teve de ser interrompido devido à violência dos torcedores do Atleti. E no meio de tudo isso estava um Bellingham cheio de energia.
A cena marcou uma nova e atualizada versão do inglês. Na temporada passada, Bellingham era o novo atacante da vez, uma espécie de Falso Nove surpresa que iniciou a campanha empilhando gols e gerando expectativas de que conseguiria acumular números recordes de bolas nas redes.
Na atual temporada, no entanto, os gols secaram. Agora, ele é o meio-campista que, talvez, sempre deveria ter sido. Um jogador completo, de ação total, de área a área, que pode fazer um pouco de tudo. Os gols podem ter diminuído, mas Bellingham continua sendo tão eficaz quanto antes – apenas de uma maneira diferente.