Embora a Fifa detenha os direitos do maior torneio de futebol do mundo, a Copa do Mundo, existe um certo ressentimento nos escritórios da Suíça em relação ao sucesso da Champions League, organizada pela Uefa, que supera o Mundial de Clubes da Fifa em termos de popularidade.
O interesse no Mundial de Clubes diminuiu consideravelmente na última década, especialmente entre os torcedores europeus, que mostram pouco entusiasmo, mesmo quando seus próprios clubes estão envolvidos. O calendário do torneio – geralmente em dezembro – faz com que ele seja ofuscado pelos campeonatos nacionais, e os torcedores dos clubes europeus tendem a viajar em menor número do que seus equivalentes da América do Sul, Ásia e outras regiões.
Diante disso, foi elaborado um novo formato para o Mundial de Clubes. Em vez da competição de sete equipes, um tanto confusa, que vinha ocorrendo nos últimos anos, o novo formato conta com 32 times divididos em oito grupos de quatro, algo muito mais familiar para os fãs ao redor do mundo. Assim como a Copa do Mundo, o torneio ocorrerá a cada quatro anos e incluirá os campeões continentais desse período. Além disso, será realizado no verão europeu, evitando competir por atenção com os campeonatos domésticos.
Entre os participantes de 2025, 12 equipes serão da Europa, com Real Madrid e Manchester City – além de estrelas globais como Kylian Mbappé e Erling Haaland – sendo os grandes destaques. Chelsea, Bayern de Munique, Barcelona e Paris Saint-Germain também estarão presentes. No país anfitrião, os torcedores poderão apoiar o Seattle Sounders, e é provável que Lionel Messi e o Inter Miami sejam incluídos. Não faltarão fãs para os times do Camepeonato Mexicano, como Monterrey, León e Pachuca, e também haverá grande interesse em ver como o Al Hilal, campeão da Saudi Pro League, se sairá contra a elite mundial.
O ex-técnico do Arsenal, Arsène Wenger, que atualmente ocupa um cargo na Fifa, talvez tenha resumido da melhor forma o objetivo do torneio: "Na Europa, somos privilegiados", disse ele no ano passado. "Mas é importante globalizarmos o futebol de verdade, e isso cria uma oportunidade para outros clubes progredirem. Esse é o verdadeiro objetivo."