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Marcus Rashford revival Amorim Getty/GOAL

Melhora de Marcus Rashford com novos técnicos não é novidade, mas Rúben Amorim pode ser o escolhido para resgatar o atacante do Manchester United

"De Wythenshawe e adora lutar. Ele nasceu para jogar, de vermelho e branco. Então ouça bem, é preciso dizer. Como Manchester, Rashford é vermelho." Esse cântico, um dos favoritos da torcida do Manchester United, ficou esquecido nos últimos 12 meses, refletindo o afastamento entre os torcedores e o astro inglês.

No último domingo (01), porém, ele voltou a ecoar em Old Trafford. Sob o comando de Rúben Amorim, Rashford marcou duas vezes contra o Everton, somando tantos gols em três jogos quanto nos 18 anteriores com Erik ten Hag. Depois de um ano difícil, o atacante parece mais leve e feliz. Ao marcar seu segundo gol, trouxe de volta sua emblemática comemoração, apontando para a cabeça — um gesto característico de sua temporada de 30 gols em 2022/23, mas raramente visto na última, quando marcou apenas oito vezes.

Agora, tanto os torcedores do United quanto os da seleção inglesa têm motivos para acreditar no renascimento de Rashford. O desafio será manter o foco e a regularidade, mas os sinais da nova era com Amorim são promissores.

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  • Marcus Rashford Ole Gunnar SolskjaerGetty

    Bons começos

    O retorno de Rashford aos gols surpreende, dado seu momento recente. Mas ele tem histórico de bons inícios com novos técnicos. Em 2016, com Van Gaal, marcou duas vezes na estreia contra o Midtjylland e mais dois contra o Arsenal no Campeonato Inglês. Depois, somou quatro gols nos 15 jogos seguintes.

    Na temporada seguinte, sob a liderança Mourinho, começou bem, marcando três vezes em quatro jogos na Premier League. Contudo, fez só mais dois gols até o fim da temporada. Comandado por Solskjaer, marcou logo no terceiro minutoda estreia do técnico, mas novamente perdeu ritmo, com apenas um gol nos últimos 13 jogos da temporada. Mesmo assim, viveu seu auge com 22 gols em 2019/20 e 21 na temporada seguinte.

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  • Marcus Rashford Erik ten HagGetty

    Inconstância

    A pior fase da carreira de Rashford foi marcada por três fatores: a dor de perder um pênalti na final da Eurocopa, o retorno de Cristiano Ronaldo ao United e uma lesão nas costas. Sob o comando do interino Ralf Rangnick, seu desempenho não melhorou, com apenas dois gols marcados, ambos em curto intervalo de três dias, reforçando a ideia de que era um jogador "inconstante".

    A recuperação veio com Erik ten Hag. Na primeira temporada do técnico holandês, Rashford brilhou, marcando 30 gols em todas as competições, incluindo 17 na Premier League, o Campeonato Inglês. O desempenho lhe garantiu um novo contrato até 2028, tornando-o um dos jogadores mais bem pagos do clube.

    Ao renovar, Rashford destacou: "Tive experiências incríveis aqui, mas ainda há muito a conquistar. Como torcedor do United desde sempre, sinto a responsabilidade de representar este escudo e estou determinado a levar o time ao nível que podemos alcançar."

  • Rashford-Man-UtdGetty

    Relação tensa

    Rashford não manteve a promessa de se esforçar mais, encerrando a temporada 2023/24 com apenas oito gols, sua segunda pior marca. Fora de campo, gerou polêmica ao comemorar seu aniversário após a derrota por 3 a 0 no clássico contra o Manchester City, faltar ao treino após uma festa em Belfast, na Irlanda do Norte, e mentir sobre isso ao clube.

    Tentando se justificar, ele escreveu um artigo no The Players' Tribune, mas o clima piorou após ser confrontado por um torcedor durante o aquecimento de um jogo. Nem as férias, após ficar fora da Euro 2024, trouxe melhorias.

    Com a chegada de Rúben Amorim, porém, Rashford reagiu. Em dois jogos, triplicou sua contagem de gols na Premier League, beneficiando-se da estratégia ofensiva do novo técnico.

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  • Manchester United v FK Bodo/Glimt - UEFA Europa League 2024/25 League Phase MD5Getty Images Sport

    Amorim sobe com quem está lidando

    O técnico Rúben Amorim tem observado de perto o histórico recente de Rashford e fez questão de dar recados bem diretos para mantê-lo motivado. "Vamos buscar a solução certa para ele, assim como para os outros jogadores. Mas, antes de tudo, ele precisa ser o Marcus. Ele precisa reencontrar aquele momento," afirmou Amorim antes do confronto contra o Bodo/Glimt, pela Europa League. "A equipe técnica, o clube e os torcedores estão aqui para ajudar, mas ele precisa querer isso primeiro."

    Após os dois gols de Rashford contra o Everton, Amorim evitou elogios excessivos. Em vez disso, desafiou o jogador a ir além: "Ele tem um potencial enorme e já mostrou do que é capaz. Mas pode fazer muito mais, assim como os outros. Foi uma boa atuação, mas agora é hora de se recuperar e começar a pensar no Arsenal."

  • Manchester United FC v Everton FC - Premier LeagueGetty Images Sport

    Rodízio pode ajudar

    Os métodos de Amorim podem ajudar Rashford a se destacar e ser mais consistente. O treinador já começou a rodar o elenco com frequência, fazendo seis mudanças entre os jogos contra o Ipswich e o Bodo/Glimt, e mais seis contra o Everton.

    Amorim tem testado Rashford em diferentes posições: como centroavante contra o Ipswich e como meia ofensivo contra o Everton. Rashford, de 27 anos, já admitiu que não gosta muito de atuar como centroavante, e o técnico reconheceu que essa não é sua posição ideal, dizendo que ele estava "lutando contra dois gigantes" ao enfrentar os zagueiros Dara O'Shea e Cameron Burgess.

    Mesmo assim, atuar como centroavante em alguns jogos pode tornar Rashford mais versátil, além de mantê-lo motivado para jogar como meia-atacante. O rodízio também oferece períodos de descanso, ajudando a evitar o desgaste e as lesões. Com Ten Hag, Rashford jogou quase todas as partidas na mesma posição, como ponta-esquerda, o que contribuiu para seu cansaço e queda de desempenho.

  • Marcus Rashford Man UtdGetty

    "É empolgante tentar algo novo"

    Rashford deu sinais de melhora ao participar de uma entrevista pós-jogo após a vitória contra o Everton, sua primeira em muito tempo. Ele destacou que a mudança tática de Amorim tem sido um desafio positivo.

    "É empolgante tentar algo novo", disse. "Essa formação pode nos fortalecer e surpreender os adversários. Ninguém sabe o que esperar, o que nos dá vantagem. Podemos nos adaptar melhor a diferentes times. A energia é o que queremos de Old Trafford."

    Os torcedores estão cautelosos. Já viram Rashford brilhar com novos técnicos, apenas para cair de rendimento logo depois. Mas há esperança de que Amorim, aos 39 anos, consiga extrair o melhor dele. O próximo teste será contra o Arsenal, onde Rashford tem bom retrospecto recente, com quatro gols nos últimos três jogos. Se mantiver o ritmo e ajudar o United a vencer, poderá finalmente reconquistar a torcida.

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