Para muitos jogadores do Inter Miami, este não será o primeiro Mundial de Clubes. Lionel Messi e seus companheiros já levantaram esse troféu algumas vezes na época de Barcelona — algo quase obrigatório para um clube daquele tamanho. Mas agora o cenário é outro. O Inter Miami está longe de ser o Barça.
“É um privilégio comandar uma equipe que vai disputar uma competição tão importante como o Mundial de Clubes da FIFA”, disse Javier Mascherano, técnico do time e bicampeão do torneio como jogador. “Nosso objetivo é competir no nosso melhor nível, como sempre fazemos, mesmo sabendo da dificuldade e da qualidade dos adversários que vamos enfrentar.”
Na prática, o Inter Miami ainda não parece pronto para brigar de igual para igual em um torneio desse porte. Apesar de ter Messi e outros nomes de peso, a defesa tem sido o calcanhar de Aquiles da equipe durante toda a temporada — e não há soluções claras no curto prazo. O time está em terceiro lugar na Conferência Leste da MLS e lidera o campeonato em número de gols marcados, mas também já sofreu 27 gols — nove a mais que o líder Philadelphia Union, que ainda tem um jogo a mais.
Se o Miami já tem dificuldade contra adversários da MLS, como vai segurar alguns dos melhores clubes do mundo?
A boa notícia é que o time não enfrentará os gigantes logo de cara. A estreia será contra o Al Ahly, em casa. Depois, encara o Porto, um europeu competitivo, mas ainda assim um dos rivais mais acessíveis da competição. Por fim, fecha a fase de grupos contra o Palmeiras — adversário difícil, mas longe de ser imbatível.
Diante disso, a missão principal será encontrar um equilíbrio defensivo que permita competir de verdade. Se o time conseguir se ajustar, tem boas chances de avançar no torneio.
O mundo inteiro estará de olho em Messi neste verão do hemisfério norte, e o desempenho do Inter Miami será também um teste para o projeto esportivo do clube.
Entre os três times da MLS no Mundial, o Inter Miami é o que mais carrega expectativas. Mas também é o que tem o caminho mais promissor.