Champions League 2025/26 Power Ranking: Bayern tira PSG do topo, e Real Madrid e Barcelona apresentam falhas

O Ajax é um dos gigantes do futebol mundial, uma instituição histórica reconhecida por revelar talentos e acumular títulos. Por isso, para os fãs mais tradicionais, chega a ser triste ver um clube com quatro taças da Champions parecer tão perdido em uma competição que já dominou. O time holandês amarga a lanterna da tabela, com quatro derrotas em quatro jogos — e o que mais preocupa é que foi superado com autoridade em todas as partidas.

O calendário tende a ficar um pouco mais “leve” daqui para frente, mas depois de ser atropelado pelo Galatasaray em Amsterdã na última quarta-feira, fica difícil defender que ainda exista margem para reação. Se não vencer o Benfica em casa na próxima rodada, a campanha do Ajax estará praticamente selada — isso, claro, se já não estiver.

Jacob Neestrup não saiu do campo satisfeito após a derrota por 4 a 0 do Copenhague diante do Tottenham, na terça-feira — e não foi apenas pelo resultado, mas pela forma como ele aconteceu. Os dinamarqueses defenderam muito mal do início ao fim — mesmo quando tiveram um jogador a mais — e também foram incapazes de criar chances claras. “Foi ruim”, admitiu Neestrup, sem rodeios. “Perder para um time melhor é uma coisa, mas esse não é o nível ao qual estamos acostumados.”

O lado positivo é que o Copenhague terá uma grande oportunidade de conquistar sua primeira vitória, em casa, contra o Kairat, na quinta rodada. Ainda assim, a classificação virou um sonho distante para uma equipe que, depois disso, ainda terá pela frente Villarreal (fora), Napoli (em casa) e Barcelona (fora).

José Mourinho deixou o gramado visivelmente frustrado após a derrota dolorosa do Benfica por 1 a 0, em casa, para o Bayer Leverkusen. “O melhor time perdeu”, disparou o Special One. E, sinceramente, ele tem um ponto: as Águias não só ficaram sem vencer como sequer balançaram a rede, mesmo finalizando 21 vezes. “Acertamos a trave, acertamos o goleiro, perdemos chances, tentamos driblar o goleiro com o gol aberto…”, lamentou Mourinho.

O português segue confiante de que o Benfica ainda pode, ao menos, chegar aos playoffs, mesmo zerado após quatro rodadas — mas, considerando que ainda terá pela frente Napoli, Juventus e Real Madrid, isso soa mais como otimismo exagerado. Para piorar, Mourinho parece ter perdido o “toque de Midas” em competições continentais

O técnico do Kairat Almaty, Rafael Urazbakhtin, fez questão de agradecer ao elenco pelo esforço no San Siro, na última quarta — e com toda razão. A equipe do Cazaquistão fez uma partidaça na derrota por 2 a 1 para a Inter e, em determinado momento do segundo tempo, chegou a dar a sensação de que poderia arrancar um empate histórico. “O time seguiu o plano”, afirmou um orgulhoso Urazbakhtin. “Mas enfrentamos um grande rival, finalista na temporada passada, e, contra um adversário desse nível, é normal cometer erros. Foi um jogo que nos faz crescer e olhar para o futuro com otimismo.”

Com apenas um ponto somado, o Kairat segue como franco azarão na briga pela vaga no mata-mata. Ainda assim, a atuação em Milão deve dar confiança para a sequência decisiva contra Copenhague, Olympiacos e Club Brugge.

O Olympiacos esteve a apenas dois minutos de ganhar fôlego na Champions League, mas um gol de Ricardo Pepi, aos 48 do segundo tempo, garantiu o 1 a 1 para o PSV, em Pireu. “Às vezes, o futebol não é justo”, lamentou o técnico José Luis Mendilibar, à Cosmote TV. “Criamos tantas oportunidades, mas não conseguimos fazer o segundo gol. Quando você não mata o jogo, acaba pagando — ainda mais numa competição tão exigente como esta.”

E o estrago foi grande: depois de não vencer Pafos e PSV em casa, o time grego se complicou demais. Tem apenas dois pontos e agora recebe o Real Madrid. Para sonhar com os playoffs, o Olympiacos provavelmente vai precisar engatar vitórias contra Kairat, Bayer Leverkusen e Ajax na reta final.

O técnico do Slavia Praga, Jindrich Trpisovsky, considerou exagerado o placar de 3 a 0 para o Arsenal — e não dá para dizer que ele estava errado. Os tchecos vinham controlando bem os Gunners até que o VAR apontou um toque de mão que ninguém no estádio havia percebido.

Com apenas dois pontos conquistados nas quatro primeiras rodadas, o cenário agora é de urgência: o Slavia precisa vencer o Athletic Club em casa na quinta rodada. Depois disso, encara Tottenham e Barcelona, antes de fechar a campanha fora contra o Pafos.

O Union Saint-Gilloise estava nas nuvens depois de abrir sua campanha na Champions League com uma vitória impressionante por 3 a 1 sobre o PSV, em Eindhoven. Mas, como admitiu o meio-campista Kevin Mac Allister após a derrota por 3 a 1 para o Atlético de Madrid, na terça-feira, o time “voltou à realidade”. E a queda foi dura: os belgas já acumulam três derrotas seguidas, levando 11 gols e marcando apenas um nesse período.

Assim, fica muito difícil imaginar o USG avançando para o mata-mata. Para ainda sonhar com os playoffs, o time precisará somar ao menos sete pontos nas quatro rodadas finais, contra Galatasaray, Marseille, Bayern de Munique e Atalanta.

Que história! Apenas 11 anos após sua fundação, o Pafos surpreendeu o Villarreal nesta quarta-feira ao vencer por 1 a 0 e conquistar sua primeira vitória na fase de grupos da Champions League. Derrick Luckassen marcou o único gol da partida, enquanto David Luiz voltou a comandar a defesa com muita segurança.

“Foi uma vitória histórica para o clube e para a cidade de Pafos”, celebrou o capitão David Goldar. “A cada ano a gente cresce, melhora, e que isso continue por muito tempo. Criamos algo especial aqui.” E não dá para discordar: o campeão cipriota está vivo na briga por vaga no mata-mata, ainda mais porque seus dois últimos jogos em casa serão contra Monaco e Slavia Praga.

O Bodo/Glimt foi melhor que o Monaco no duelo de terça-feira, no Aspmyra Stadion, mas voltou a pecar nas finalizações. “Criamos chances suficientes para vencer”, lamentou o técnico Kjetil Knutsen. “Mas, infelizmente, não fomos bons o bastante para colocar a bola na rede.” Resultado: derrota por 1 a 0 e uma montanha enorme pela frente para escalar.

Mesmo que os noruegueses surpreendam a Juventus, que vive mau momento, na quinta rodada, ainda precisarão vencer duas das três últimas partidas, contra Borussia Dortmund, Manchester City e Atlético de Madrid. E, por mais que o Bodo seja uma das grandes "zebras" do futebol europeu recente, desta vez o desafio parece grande demais.

O Athletic Bilbao enxergava a visita a Newcastle, na quarta-feira, como uma daquelas partidas “ganháveis” — e até poderia ter voltado de St. James’ Park com três pontos, não fosse a dificuldade em lidar com o jogo aéreo dos ingleses. O time basco acabou sofrendo dois gols de cabeça e, ao mesmo tempo, não criou nenhuma chance clara — algo que, convenhamos, era até previsível diante da ausência do seu talismã, o ponta Nico Williams, lesionado.

Ainda assim, nem tudo está perdido. O Athletic soma três pontos e enfrenta o Slavia Praga na próxima rodada. Se conseguir arrancar algo do duelo contra o PSG, em San Mamés, na sexta rodada, pode chegar muito bem posicionado para os dois compromissos finais: Atalanta e Sporting.

O sonho do Villarreal de terminar entre os oito primeiros praticamente acabou após a surpreendente derrota por 1 a 0 para o Pafos. E, sendo bem sincero, o time nem parece ter força para ao menos beliscar uma vaga no playoff — o que chama ainda mais atenção. O elenco de Marcelino ocupa o terceiro lugar em La Liga após 11 rodadas, mas somou apenas um ponto nos quatro jogos de Champions até aqui.

O Villarreal tem, sim, qualidade para vencer Copenhaguem e Ajax no El Madrigal, mas a sensação é clara: se não arrancar ao menos um empate contra o Borussia Dortmund na quinta rodada, o caminho de volta será praticamente inexistente para uma equipe que sofre com a falta de um centroavante decisivo.

O PSV fez uma partida muito fraca contra o Olympiacos na terça-feira e, pela bola que apresentou na Grécia, não merecia levar sequer um ponto — mas conseguiu graças ao gol salvador de Ricardo Pepi nos acréscimos, em apenas seu segundo chute ao gol em toda a noite. “O Olympiacos jogou bem”, reconheceu Peter Bosz, à Ziggo Sport. “Nós jogamos mal. Sei o quanto podemos render, sei que podemos fazer melhor, e é aí que mora a minha frustração.”

O grande problema do PSV, porém, é que mesmo que o nível de desempenho melhore até o fim da fase de liga, ainda é difícil apostar que o time consiga ao menos chegar aos playoffs. Os campeões holandeses somam cinco pontos, mas com os duelos contra Liverpool (fora), Atlético de Madrid (casa), Newcastle (fora) e Bayern (casa) pela frente, ampliar essa pontuação será uma missão complicada.

O técnico do Eintracht Frankfurt, Dino Toppmöller, teve motivos de sobra para elogiar sua jovem equipe após a reação a duas goleadas por 5 a 1 — diante de Atlético de Madrid e Liverpool — segurando um 0 a 0 com o Napoli, no Estádio Diego Armando Maradona. O Eintracht até não mostrou muito poder de fogo contra o campeão italiano, mas também passou longe de ser ameaçado.

A classificação ainda é missão complicada, claro. Para começar, o time alemão ainda visita o Barcelona na sexta rodada. Porém, se conseguir vencer a Atalanta no próximo jogo, abrirá uma porta interessante para brigar por vaga no playoff, já que fecha a fase contra Qarabag (fora) e Tottenham (em casa).

Roberto De Zerbi saiu machucado — no orgulho — após a derrota do Marseille por 1 a 0, em casa, para a Atalanta. “Este foi nosso quarto jogo de Champions na temporada”, desabafou o italiano. “Perdemos três deles em circunstâncias caóticas.” E, desta vez, não foi diferente: enquanto alguns jogadores do Marseille ainda pediam pênalti por um toque de mão de Ederson na área italiana, a Atalanta armou o contra-ataque que resultou no único gol da partida.

Apesar de De Zerbi ter sustentado que o Marseille não merecia perder (mereceu, sim!), ele ao menos reconheceu que o time esteve abaixo do ideal por conta dos vários desfalques por lesão. A expectativa, portanto, é ter algumas dessas peças de volta para o duelo contra o Newcastle, no dia 25 de novembro — jogo que pode ser decisivo para o futuro do OM na Champions.

Começando pelas más notícias: a Juventus somou apenas três pontos após não vencer nenhuma das quatro primeiras partidas nesta edição da Champions League. A boa notícia é que a tabela da Velha Senhora fica bem mais acessível daqui para frente — ao menos no papel.

A chegada de Luciano Spalletti também devolveu ânimo a Turim, após uma sequência de oito jogos sem vitória sob o comando do antecessor, Igor Tudor. E o ex-treinador do Napoli fez uma leitura correta ao afirmar que, se a Juve mantiver o nível de atuação mostrado no empate por 1 a 1 com o Sporting, na terça-feira, vencerá muito mais do que perderá. A volta da boa fase de Dušan Vlahović — que o clube tentou negociar na última janela — também é um enorme reforço para os Bianconeri.

Mas fica o recado: se a Juventus não vencer seus dois próximos jogos, contra o Bodo/Glimt (fora) e Pafos (em casa), nem poderá reclamar caso fique fora da briga por vaga no mata-mata.

O técnico do Monaco, Sébastien Pocognoli, sabia muito bem que sua equipe precisava voltar da Noruega com algum resultado “para seguir viva na competição” — e conseguiu, ainda que no sufoco. O time do Principado “sofreu” bastante diante de um Bodo/Glimt “dominante”, mas arrancou a vitória por 1 a 0 graças ao primeiro gol de Folarin Balogun na Champions League.

O resultado coloca o Monaco de volta na briga por vaga nos playoffs, depois da estreia desastrosa com derrota em Bruges. Agora com cinco pontos em quatro jogos, o clube francês chega à reta final animado: se vencer Pafos e Galatasaray nas próximas rodadas, pode se posicionar muito bem antes dos duelos mais pesados contra Real Madrid e Juventus.

O Club Brugge poderia ter vencido o Barcelona? Sem dúvida. Os belgas estiveram três vezes à frente no placar, tiveram um pênalti e um gol no fim anulados pelo VAR, enquanto o Barça ainda contou com um gol contra aos 32 do segundo tempo para arrancar o empate. Mesmo assim, como disse o defensor Joaquin Seys à Pickx Sports: “É um sonho de criança enfrentar o Barcelona, então, se você empata em 3 a 3, não dá para reclamar!”

É verdade que aqueles pontinhos extras fariam falta — o Brugge soma quatro até aqui —, mas o time segue vivo na briga pela classificação. Porém, vencer o Sporting em Lisboa, na quinta rodada, seria quase obrigatório… até porque o adversário seguinte será o Arsenal.

O Napoli precisava demais de uma vitória sobre o Eintracht Frankfurt na terça-feira, especialmente depois da humilhação sofrida diante do PSV na rodada anterior da Champions. Mas o time de Antonio Conte ficou apenas no 0 a 0, no Estádio Diego Armando Maradona, três dias após outro empate sem gols, contra o Como, pela Serie A.

Fica claro que a ausência de Kevin De Bruyne, lesionado, já virou um problemão em Nápoles. E a volta de Romelu Lukaku não pode chegar rápido o suficiente, já que Rasmus Højlund ainda não engrenou como referência ofensiva. A boa notícia é que os próximos três jogos, contra Qarabag, Benfica e Copenhagen, são totalmente vencíveis. A má: o Napoli precisa urgentemente reencontrar o caminho do gol.

A última coisa que Conte quer é chegar à rodada final, diante do Chelsea, precisando vencer para avançar ao mata-mata.

O Bayer Leverkusen contou com uma dose de sorte na vitória por 1 a 0 sobre o Benfica, na quarta-feira, e o técnico Kasper Hjulmand nem tentou esconder isso na coletiva. Ainda assim, o dinamarquês tinha todo o direito de se orgulhar do que sua jovem equipe havia feito no Estádio da Luz. “Foi nosso terceiro jogo fora de casa em sete dias, com o time mais jovem da Europa”, destacou. “Claro que poderíamos ter jogado melhor, mas que espírito desses garotos! Eles fizeram de tudo para vencer.”

Com a primeira vitória nesta edição da Champions — graças ao gol de Patrik Schick aos 20 minutos do segundo tempo —, o Leverkusen passa a enxergar com outros olhos a briga por vaga nos playoffs. Mesmo que perca para o Manchester City na quinta rodada (o que é bem provável), ainda pode virar o cenário nos duelos seguintes, contra Newcastle, Olympiacos e Villarreal.

Não há mais como contestar: o Qarabag é a grande surpresa desta Champions League. O time do Azerbaijão, que terminou na lanterna do seu grupo na última edição da Liga Europa, agora está muito vivo na briga por uma vaga no mata-mata da principal competição continental, somando sete pontos nas quatro primeiras rodadas.

A vitória de virada sobre o Benfica já tinha sido histórica e fundamental, mas dá para argumentar que o empate por 2 a 2 com o Chelsea, nesta quarta, foi o resultado mais impressionante até aqui. E não apenas pelo peso do adversário: o Qarabag mereceu pontuar. Com um pouco mais de capricho nas finalizações, poderia até ter vencido. Mesmo assim, segurar um elenco tão estrelado como o dos Blues é um feito enorme para um clube que disputa a fase de grupos da Champions apenas pela segunda vez. E o mais incrível é que uma vitória em casa contra Ajax ou Eintracht Frankfurt pode ser o suficiente para levar o Qarabag ao sonho das oitavas.

O Sporting não encantou no empate por 1 a 1 com a Juventus. Os campeões portugueses tiveram bastante posse de bola em Turim, mas criaram muito pouco depois de abrirem o placar, aos 12 minutos, com um belo gol de Maxi Araújo. Ainda assim, o ponto conquistado fora de casa foi valioso, aproximando a equipe de Rui Borges de, no mínimo, garantir uma vaga no play-off.

Mesmo assim, a partida contra o Brugge, em Lisboa, ainda parece obrigação de vitória para os Leões. Se superarem os belgas, chegarão aos 10 pontos antes de encarar uma sequência duríssima contra Bayern e PSG. Isso significa que, mesmo em caso de duas derrotas, o Sporting ainda chegaria à última rodada, em San Mamés diante do Athletic Club, com boas chances de classificação às oitavas.

A Atalanta até vem fazendo uma temporada sólida, mas esbarra constantemente na falta de precisão ofensiva — a ponto de já ter somado oito empates em todas as competições. Tudo indicava que outro empate frustrante estava a caminho no Vélodrome, nesta quarta-feira, até que, a pouco mais de um minuto do fim do tempo regulamentar, Lazar Samardzic cortou para o meio e acertou um belíssimo chute de esquerda no ângulo para garantir a vitória sobre o Marseille.

É claro que os problemas ofensivos da equipe não desapareceram de uma hora para outra, e a postura de Ademola Lookman segue sendo uma dor de cabeça para o técnico Ivan Juric. Mesmo assim, o cenário está um pouco mais animador para o time de Bérgamo, que chegou aos sete pontos e agora se prepara para encarar o Eintracht Frankfurt no fim do mês.

Pelo placar de 4 a 1, ninguém diria, mas o Borussia Dortmund fez um jogo até bastante competitivo contra o Manchester City, nesta quarta-feira, no Etihad. O time alemão teve ligeira vantagem na posse de bola, criou o mesmo número de “grandes chances” que os anfitriões e finalizou 12 vezes. O problema é que não conseguiu conter Phil Foden e Erling Haaland — o que, convenhamos, não chega a ser motivo de vergonha.

Apesar da derrota, o Dortmund não tem motivos para desânimo, especialmente porque três de seus quatro compromissos restantes serão no Signal Iduna Park. Se vencer os próximos dois jogos, contra Villarreal e Bodo/Glimt, em casa, o time de Edin Terzić pode até viajar para enfrentar o Tottenham, na sétima rodada, mirando uma vaga direta nas oitavas de final.

Enzo Maresca promoveu uma série de mudanças no time titular do Chelsea para o duelo desta quarta-feira diante do Qarabag, mas acabou sendo obrigado a recorrer a nomes como Enzo Fernández e Moisés Caicedo para evitar uma derrota e garantir um empate por 2 a 2 no Azerbaijão. O motivo? Mesmo após gastar mais de £ 1,5 bilhão em contratações nos últimos anos, o elenco dos Blues segue sendo muito menos do que a soma de suas partes.

O Chelsea ainda deve se classificar ao mata-mata da Champions — até porque o Pafos ainda visita Stamford Bridge —, mas é preciso coragem para apostar que a equipe terminará entre os oito primeiros colocados. Como o Qarabag escancarou, a defesa londrina é propensa a erros e perigosamente vulnerável aos contra-ataques. O Chelsea pode até carregar o rótulo de “campeão do mundo”, mas, para transformar este time em concorrente ao título europeu, mais dinheiro — e acerto — será necessário.

Ainda é difícil cravar até onde o Atlético de Madrid pode chegar na luta pelo tão sonhado primeiro título da Champions. Pelo segundo ano consecutivo, os Colchoneros investiram pesado na última janela de transferências, mas já acumularam duas derrotas na competição — 3 a 2 para o Liverpool e um duro 4 a 0 para o Arsenal, ambos fora de casa —, sinais de que talvez ainda falta algo para brigar até o fim.

O fato é que o Atleti vem crescendo, aos poucos, depois de um início de temporada turbulento. A equipe já ocupa a terceira posição em LaLiga, embalada por uma sequência de 10 jogos de invencibilidade que incluiu um impressionante 5 a 2 sobre o Real Madrid no derby. Na Champions, também deu uma resposta importante ao vencer o Union Saint-Gilloise por 3 a 1 na terça-feira, com Julián Álvarez voltando a balançar as redes.

Só que o próximo teste promete ser decisivo: o duelo com a Inter deve mostrar se o time de Diego Simeone tem cacife para avançar direto às oitavas — ou se vai acabar tendo que ralar por uma vaga nos playoffs.

O Tottenham é, por vezes, um clube difícil de decifrar. No sábado, o clima no Tottenham Hotspur Stadium era de pura tensão: a torcida estava irritada após a apática derrota por 1 a 0 para o Chelsea e a cena de Micky van de Ven e Djed Spence ignorando o técnico Thomas Frank na saída de campo só deixou tudo ainda mais azedo. Três dias depois, porém, o mesmo estádio pulsava como poucas vezes nesta temporada. Mesmo com a expulsão de Brennan Johnson, os Spurs atropelaram o Copenhagen por 4 a 0, em uma noite que teve até golaço de Van de Ven.

Os próximos capítulos serão mais espinhosos — começar pelo Parc des Princes, contra o PSG, diz muito —, mas o fato é que o Tottenham chega ao meio da fase de liga invicto e com oito pontos somados. Oscilante, mas em clara evolução sob o comando de Frank, a equipe se coloca, sim, na disputa por uma vaga direta nas oitavas de final da Champions.

O Newcastle viveu no domingo, diante do modesto West Ham, aquela que muitos consideraram a pior atuação da era Eddie Howe. A derrota trouxe de volta o debate sobre a profundidade do elenco e se os Magpies realmente têm fôlego para competir em quatro frentes nesta temporada. Mas, embora o time ainda não tenha exibido seu melhor futebol contra o Athletic Club na quarta-feira, a diferença técnica e de intensidade ficou evidente. Com autoridade, o Newcastle venceu por 2 a 0, com gols de cabeça de Dan Burn e Joelinton.

O terceiro triunfo consecutivo na Champions levou o clube ao 6º lugar na tabela, e já permite sonhar com a classificação direta às oitavas de final. O caminho, no entanto, segue desafiador: antes da temida visita ao PSG na última rodada, os ingleses terão pela frente Marseille, Leverkusen e PSV.

Dá para tirar o chapéu para o Galatasaray. Enquanto a elite europeia hesitou em pagar € 75 milhões por Victor Osimhen, os campeões turcos jamais tiveram dúvidas de que seu investimento valeria a pena. E o nigeriano está provando exatamente isso. Artilheiro desta edição da Champions League, ele chegou a seis gols em apenas três partidas após anotar um hat-trick na vitória por 3 a 0 sobre o Ajax, na quarta-feira.

Com Osimhen nesse nível e tendo pela frente USG e Monaco nos próximos dois jogos, não há razões para duvidar que o time de Okan Buruk, atualmente em nono lugar na classificação geral, possa brigar por um top 8. Vale lembrar: o Galatasaray já venceu o Liverpool em Istambul nesta temporada…

A Inter de Christian Chivu tem oscilado na Serie A, mas na Champions League o cenário é bem mais positivo. O romeno se tornou o primeiro técnico a vencer seus quatro primeiros jogos na competição. Ainda assim, o desempenho na vitória por 2 a 1 sobre o Kairat Almaty, nesta quarta-feira, ficou abaixo do esperado. O time parecia encaminhado para um triunfo tranquilo, porém precisou de um golaço de fora da área de Carlos Augusto — logo ele — para garantir os três pontos. A defesa, até então impecável no torneio, também não gostou nada de ser vazada pela primeira vez.

Chivu fez questão de destacar que o Inter chega ao meio da fase de liga em situação praticamente ideal. Só que o nível vai subir — e muito — nas próximas rodadas. Os Nerazzurri terão uma sequência duríssima, com visitas a Atlético de Madrid e Borussia Dortmund, além de duelos em casa contra Liverpool e Arsenal. Só ao fim dessa maratona saberemos se os italianos ainda têm qualidade suficiente para buscar a terceira final em quatro anos.

No fim das contas, derrotas na fase de liga “pesam pouco” na Champions, ainda mais agora, com o formato reformulado praticamente blindando os gigantes de uma eliminação precoce. Ainda assim, a atuação apagada do Real Madrid na derrota por 1 a 0 para o Liverpool acendeu um sinal de alerta.

Xabi Alonso elogiou a entrega da equipe e lembrou que o jogo foi decidido na bola parada. Mas o ex-meio-campista dos Reds também reconheceu que faltou a capacidade de definir ao time. O dado da expectativa de gols (xG) foi assustador: xG de apenas 0,45 — algo muito baixo para um ataque que tinha Mbappé, Vinicius Jr. e Bellingham, todos em uma noite muito discreta em Anfield.

É verdade que o Real lidera La Liga com folga — cinco pontos de vantagem, impulsionado pela vitória recente no El Clásico contra o Barcelona — mas o time ainda parece um trabalho em construção sob o novo comando. Claro, sendo o Real Madrid, ninguém duvida que a engrenagem pode começar a girar justamente na hora do mata-mata...

Lamine Yamal foi simplesmente brilhante pelo Barcelona diante do Club Brugge — mas o que deve preocupar Hansi Flick é que ele precisou ser. A verdade é que, não fosse a atuação do jovem fenômeno, os catalães teriam saído derrotados da Bélgica, já que a linha defensiva absurdamente alta voltou a ser castigada pelos contra-ataques velozes do time da casa.

E não dá para dizer que foi um choque. A La Liga já vinha mostrando que os adversários começaram a “decifrar” o Barça de Flick, explorando justamente esse espaço nas costas da defesa. O Barça até possui um dos ataques mais talentosos do mundo, mas o alerta vermelho está ligado: após o 3 a 3 em Bruges, o próprio Yamal reconheceu que o time tem sofrido gols demais para quem sonha em conquistar a Champions League.

Todas as atenções estavam voltadas para Erling Haaland no duelo entre Manchester City e Borussia Dortmund, e Pep Guardiola até entregou a braçadeira de capitão ao norueguês diante do seu ex-clube. Como era de se esperar, Haaland deixou o dele com a frieza de sempre na vitória por 4 a 1, mas quem roubou a cena no Etihad foi Phil Foden, autor de dois belos gols de canhota — uma ótima notícia para um time que vinha dando sinais de dependência excessiva do camisa 9.

A verdade é que o City ainda não foi realmente posto à prova nesta Champions, e provavelmente não será até a visita ao Santiago Bernabéu, na sexta rodada, para um duelo de tirar o fôlego contra o Real Madrid. Mas Guardiola não vai perder o sono por isso. O essencial é que o atual quarto colocado está muito bem encaminhado para evitar a repescagem e carimbar uma vaga direta nas oitavas de final.

Pelo visto, os relatos sobre a “decadência” do Liverpool foram um tanto exagerados. Depois de encerrar uma sequência de quatro derrotas seguidas na Premier League ao bater o embalado Aston Villa no fim de semana, os Reds renascidos atropelaram o líder de La Liga, o Real Madrid, em Anfield, na terça-feira. O placar de 1 a 0 ficou até barato para os espanhóis — muito por conta da atuação gigantesca de Thibaut Courtois.

Como destacou Arne Slot, foi a melhor exibição do Liverpool nesta turbulenta temporada. Alexis Mac Allister, autor do gol, voltou a mostrar o futebol que encantou os torcedores antes das lesões, enquanto Conor Bradley escolheu o palco perfeito para provar que pode, sim, ser o sucessor de longo prazo de Trent Alexander-Arnold na lateral-direita. Os Reds agora estão muito bem posicionados para avançar direto às oitavas de final — e com a perspectiva de contar com seus reforços de peso da janela de transferências, Florian Wirtz e Alexander Isak, em plena forma até lá.

Como Luis Enrique destacou, o PSG praticamente entregou dois gols ao Bayern de Munique na derrota por 2 a 1 no Parc des Princes, na terça-feira. O treinador espanhol, porém, foi o primeiro a reconhecer que os alemães foram o time superior na partida. "Eles marcaram dois gols, mas poderiam ter feito quatro. Fico desapontado porque esperava um nível melhor", admitiu Luis Enrique.

O PSG não contou com Desiré Doué, lesionado, e vários titulares ainda não estão no ritmo ideal após problemas físicos recentes. Para piorar, Achraf Hakimi deixou o jogo pouco antes do intervalo depois de uma entrada dura de Luis Díaz. Ainda assim, não há motivo para pânico. Quando estiverem com força máxima, os parisienses prometem ser difíceis de parar no mata-mata, assim como na temporada passada.

Não há quem consiga segurar o Arsenal neste momento. A vitória tranquila sobre o Slavia Praga, na terça-feira, marcou o décimo triunfo consecutivo do time de Mikel Arteta, que vem se mostrando uma verdadeira máquina nas bolas paradas. Ainda mais impressionante foi o fato de os Gunners igualarem um recorde do clube que vinha desde 1903, ao chegar ao oitavo jogo seguido sem sofrer gols. Com esse cenário, é fácil entender por que tanta gente aposta não só em título da Premier League, mas também da Champions League nesta temporada.

Ainda assim, vale lembrar que o time do norte de Londres já encarou Liverpool e Manchester City e não venceu nenhum dos dois confrontos. Talvez seja melhor esperar o duelo com o Bayern de Munique, no Emirates, no dia 26 de novembro, antes de coroarmos o Arsenal como o melhor time da Europa. Mas eles estão perto disso. Muito perto.

Ainda é cedo, e sabemos pela eliminação do Liverpool nas oitavas de final da última temporada que atropelar rivais na fase de liga não garante nada. Porém, uma coisa já dá para afirmar: o Bayern de Munique é hoje o melhor time da Europa. Com a quinta vitória seguida sobre o PSG na Champions, os bávaros ampliaram para impressionantes 16 jogos a série invicta e perfeita neste início de temporada.

Trata-se de um time completíssimo, como vimos em Paris. O Bayern dominou o atual campeão europeu no primeiro tempo e, após o herói da noite, Luis Díaz, autor de dois gols, ser expulso antes do intervalo, mostrou uma solidez defensiva de respeito no restante da partida.

Como já destacamos em outras ocasiões, o fato de Vincent Kompany conseguir rodar o elenco antes dos grandes compromissos europeus é uma vantagem enorme. Por isso, o líder da Champions entra confiante para registrar mais uma vitória de peso quando encarar o vice-líder Arsenal, na quinta rodada, mesmo com a suspensão de Díaz, que fará muita falta.