Não apenas o PSG, mas toda a liga francesa podem viver momentos difíceis daqui alguns anos. Isso porque os xeques do Qatar estão começando a repensar os seus investimentos no clube francês, de acordo com o Le Parisien.
A grande decepção dos bilionários investidores árabes não está associada somente ao "fracasso" do time não ter conseguido, por mais uma temporada, se afirmar entre os gigantes da Europa, mas está, principalmente, na enorme quantidade de críticas a qualquer derrota que aconteça. Essa enxurrada de opiniões negativas e chacotas são "prejudiciais à imagem" do xeque, de acordo com a publicação. E já existiria conversas entre os mandatários para reavaliar seus investimentos na França.
O jornal destaca que duas principais opções estão em pauta: um desligamento completo da relação Qatar-PSG a médio prazo, ou uma diminuição significativa nos investimentos. Isso porque existe uma perspectiva de que o mais alto patamar não será alcançado tão cedo.
Os mandatários vêm as críticas como grandes injustiças ao alto investimento. A alegação é de que, por meio deles, o PSG se tornou uma marca global e recheado de estrelas. Nomes como David Beckham, Zlatan Ibrahimovic e outros já desfilaram seu futebol na Ligue 1, com a camisa do time parisiense.

Além de tudo, Nasser al-Khelaïfi, presidente do PSG, já afirmou que a presença de jogadores como Neymar e Mbappé são fatores que incentivaram um crescimento de 59% das cotas dos direitos de transmissão para a televisão. O acordo atingiu 1.15 bilhão de euros (cerca de R$ 5.09 bilhões) e fará com que cada time receba um montante ainda maior de dinheiro do que com o contrato anterior.
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Os investimentos feitos pelos árabes na Ligue 1 foram responsáveis por um crescimento exponencial da visibilidade do campeonato. Uma eventual saída dos xeques da participação na equipe de Paris pode afetar a liga como um todo.
Enquanto isso, o grupo estuda mudar seus investimentos para outros lugares. A Roma está sendo monitorada e apontada como uma possível receptária dos investimentos bilionários dos xeques. Times da segunda divisão inglesa também são alvos do grupo, pelo potencial midiático que a Premier League proporciona hoje.


