Antes da Copa do Mundo da Rússia, o Flamengo tinha o cenário perfeito. Líder do Campeonato Brasileiro, o time de Maurício Barbieri estava encaixado e vivia grande fase. Além dos números na tabela, demonstrava bom futebol e conseguia sacudir o Maracanã.
No entanto, o comandante e toda diretoria sabiam que os principais jogadores naquele momento estavam prestes a deixar a equipe, mas tinham pelo menos um mês pela frente até o retorno da temporada. Sem muita correria,o Flamengo trabalho da forma que vem trabalhando nos últimos anos, trazendo as principais contratações no meio do ano.
Trouxe Uribe, Piris da Motta e a maior delas, inclusive, a mais cara de toda a sua história, Vitinho, com a missão de substitutir Vinicius Júnior. Mas vale ressaltar, porém, que a saída do prata da casa já estava prevista há um ano, ou seja, o Rubro-Negro não poderia ter sido pego desprevinido e nem foi.

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação)
Vitinho, por sua vez, além de carregar o peso de ser a maior contratação da história, a grande expectativa da torcida, teve que chegar para ser o "novo" Vinicius Júnior. O jogador ainda não conseguiu encontrar sua melhor forma no clube e nem tem culpa por isso.
Mas desta forma, o time de Barbieri se mostrou mais fragilizado, pois perdeu peças importantes como Felipe Vizeu. Jovem atacante, que também já estava vendido, vinha sendo fundamental, marcando gols e dando pontos ao time da Gávea. Em seu lugar chegou Uribe, outro que ainda não achou a sua melhor forma no clube.
E é natural que esses atletas não encaixem logo de uma vez, o que não é natural é a diretoria trabalhar sempre pensando no ano seguinte e no ano seguinte não dar continuidade ao trabalho. São inúmeros os casos de entra e saí de jogadores do clube nos últimos anos, e nenhum trabalho com sequência, o resultado disso é a ausência de títulos de expressão e uma torcida expremamente impaciente.

Sem muitas peças para rotação, Barbieri não consegue mais mostrar evolução com o Flamengo. Nos últimos jogos, a equipe se mostrou bastante previsível, com posse de bola e pouca objetividade. Um falso domínio sobre os adversários que praticamente não sofrem no setor defensivo apesar de tocarem menos na bola.
Agora, o Rubro-Negro tem sequência importante pela frente, o confronto contra o Atlético-MG, no final de semana, e o jogo da volta da Copa do Brasil, diante do Corinthians, na próxima quarta-feira(26), no entanto, Barbieri pode até nem chegar até lá como treinador da equipe.


