Ídolo da Roma, Francesco Totti atacou intensamente as lideranças do clube e confirmou que ele está deixando o posto de diretor, encerrando assim um período de 30 anos como membro da equipe italiana.
"Nunca tive a chance de me expressar. Nunca fui envolvido de maneira genuína no projeto técnico", disse o craque em uma explosiva coletiva de imprensa nesta segunda (17). "Todo mundo sabe que eles me fizeram parar de jogar. Comecei quieto, percebendo que este é um ambiente diferente daquele no campo. Muitas promessas foram feitas e eles nunca as cumpriram", disparou o italiano.
"Eles sabiam das minhas intenções, mas eles nunca me quiseram lá. Eles me excluíram de todas as decisões".
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Totti se tornou diretor da Roma logo após se aposentar dos campos em 2017, mas divergências entre o ex-atacante e a diretoria causaram sua saída.
Havia tensão entre Totti e o dono do clube Jim Pallotta desde março, quando Monchi pediu demissão do cargo de diretor esportivo e o técnico Eusebio Di Francesco foi demitido.

Na última semana o ex-jogador não apareceu para uma reunião do clube em Londres, onde o novo técnico Paulo Fonseca foi apresentado. Pallotta afirma que Totti havia sido convidado.
"O foco de muitas pessoas aqui é tirar os romanos da Roma. Nos últimos oito anos, desde que os americanos chegaram, eles fizeram de tudo para nos tirar da frente", disse Totti sobre a compra do clube em 2011. "É o que eles sempre quiseram e agora conseguiram".
"Nunca vou ferir a Roma. Isso é muito pior do que me aposentar como jogador. Deixar a Roma é como morrer e eu sinto que era melhor ter morrido", finalizou.
O ex-jogador disse ainda que irá "seguir outro rumo" e que "não está aqui para jogar a culpa em ninguém".
Totti passou toda sua carreira na Roma, disputou 786 partidas, marcou 307 gols e é considerado o maior jogador da história do clube.


