Após o empate em 0 a 0 com o Flamengo neste domingo, o técnico Fernando Diniz disse que a parada da Copa América será "importante para trabalhar todas as frentes" do time. A pausa é valorizada também pelo rival, que usará a pausa para que o técnico Jorge Jesus comece a colocar suas identidade na equipe.
No Corinthians, o técnico Fábio Carille disse que o calendário apertado iria forçar o time a jogar "um pouquinho feio" e que só depois de um tempo de descanso e treinamento durante a pausa da Copa América que o time teria chance de deslanchar.
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"Acredito que a gente vá fazer uma segunda parte de Campeonato Brasileiro melhor do que a gente fez até agora", concordou Vágner Love na mesma entrevista em maio sobre o Corinthians. O otimismo lembra Renato Gaúcho, que disse que "o Grêmio vai voltar melhor depois da parada".
No Morumbi a expectativa é de mudanças no elenco: "Tem essa parada em que muitas coisas podem acontecer", disse Cuca sobre possíveis vendas e compras dos jogadores.
Os exemplos poderiam seguir. O que não falta no Brasileirão é gente prometendo usar a parada da Copa América para finalmente treinar e revolucionar o time.
O clima de pré-folga já até parece ter atingido o campeonato, que vê nessa oitava rodada a sua pior marca de gols na história dos pontos corridos: apenas 12 gols marcados, igualando a 32ª rodada de 2015. O que pode salvar o recorde negativo é o duelo entre Goiás e Chapecoense na noite desta segunda.
O argumento dos treinadores dá a entender que o que impede os times daqui de ter um nível melhor é a falta de tempo para preparação, mas será que é só isso? E em um futebol julgado apenas por resultados, como torcedores e dirigentes irão reagir se a volta da Copa América até render atuações melhores, mas sem vitórias?
A pausa forçada do calendário até pode ajudar, mas soa como muleta. A mera chance da melhora acaba sendo usada como um objetivo que nem todos conseguirão cumprir.
O assunto também traz de volta à tona a eterna questão do calendário. Se todos os times culpam a falta de tempo de treinamento, já passou da hora dos clubes agirem para fazer algo sobre o tema.
E se a primeira parte do Brasileirão surpreendeu pelas poucas demissões de técnicos, elas tendem a crescer depois da pausa. É hora de treinar mesmo.
