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Everton treina com a seleção brasileira na Arena CorinthiansPedro Martins / MoWA Press

Tite revive pedra no sapato da Copa da Rússia: mudar ou não o time titular?

Há um ano, o Brasil entrou e saiu da Copa do Mundo da Rússia sem mostrar o futebol vistoso e eficiente que lhe caracterizou na reta final das Eliminatórias. No meio deste processo, Tite foi muito questionado para sacar Gabriel Jesus e Willian, que rendiam menos do que se esperava, mas se manteve fiel às suas convicções e, salvo trocas por lesão, não alterou o time titular. Neste sábado, contra o Peru, ele vai passar pelo mesmo dilema, mas agora mais propenso a fazer a troca. 

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A estratégia de manter o time não funcionou na Rússia, ainda que seja difícil creditar a isso a eliminação precoce diante da Bélgica, nas quartas. O próprio Tite admitiria, meses depois, que a manutenção foi um erro. “As modificações têm de ser rápidas. Poderia ter feito. Havia três jogadores que estavam irregulares. Tinham momentos bons e que caíam. Firmino estava pedindo passagem, entrou como meia em um jogo, depois como nove no outro...”, disse o treinador, em participação no “Redação Sportv”. 

Neste sábado, na última partida do grupo A pela Copa América, ele vai se reencontrar com um dilema parecido. Depois de um 3 a 0 suado com a Bolívia e um 0 a 0 frustrante com a Venezuela, há pressão por mudanças no time titular, com Firmino e David Neres como maiores alvos – e Gabriel Jesus e Everton como prováveis substitutos. 

Na história da seleção, não trocar o time em meio a uma competição de tiro curto é uma exceção. Para ficar só entre os campeões mais recentes, o Brasil de 2002 trocou Juninho Paulista por Kleberson e o de 1994 mudou Raí por Mazinho. Outros exemplos, com diferentes graus de sucesso, se amontoam no passado verde-amarelo. 

Só que tudo isso vai contra o histórico de Tite, forjado como técnico na maratona do futebol de clubes, em que as alterações no time titular podem ser feitas com calma, planejamento e somente após o antigo dono da posição ter gastado todas as chances possíveis. 

“Vou segurar. Temos bastantes atletas com diferentes características. As características de cada um podem emprestar coisas diferentes de um jogo para outro. Não tem condição de prever em qual jogador vai atuar de um jeito ou de outro”, disse Tite, um dia antes do jogo contra o Peru, sem antecipar qualquer definição.

Se optar por Everton, reserva mais pedido por críticos e torcida, Tite fará uma aposta na capacidade de drible do atacante do Grêmio, o mais agudo dos pontas brasileiros nos dois primeiros jogos. David Neres, ainda que tenha características parecidas, passou boa parte dos duelos contra Bolívia e Venezuela preso a uma das pontas e limitado a cruzamentos na área.

Gabriel Jesus, por outro lado, ajuda a dar poder de finalização a um ataque que sofreu para converter as chances criadas. Firmino, hoje titular, ganhou a posição da Copa até agora pela temporada que fez no Liverpool e a capacidade de ajudar na criação. Até agora, porém, o máximo de efetividade foi uma assistência para Coutinho no jogo contra a Bolívia. 

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