Torcida festa campao Corinthians Fluminense Brasileirao Serie A 15112017MIGUEL SCHINCHARIOL/AFP/Getty

Ruas de fogo: por que a festa da torcida é proibida na Libertadores e Sul-Americana

As fumaças dos sinalizadores em diversas cores, utilizadas pelas torcidas dentro e fora dos estádios, abrem o famoso "clarão" no céu, para a recepção da equipe ou para "esfriar o jogo", por exemplo.

O uso dos objetos sempre foi uma tradição nos confrontos, principalmente em jogos de Copas Libertadores e Sul-Americana. A festa, no entanto, já não é permitida há alguns anos pela Conmebol.

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Em 2019, o Internacional comunicou a torcida que a entidade proibia as "Ruas de Fogo" com direito a "punição do clube que utilizasse os objetos" nos pré-jogos. Mas, por que a Conmebol proíbe o uso dos sinalizadores em confrontos do continente?

Vale lembrar, portanto, do caso de 2013, quando um jovem de 14 anos, Kevin Beltram Espada, acabou atingido por um dos sinalizadores da torcida do Corinthians. O garoto pertencia ao grupo adversário de torcedores do San Jose, e Kevin Espada acabou morrendo ainda antes de chegar ao hospital.

A Gaviões da Fiel, uma das principais torcidas organizadas do Corinthians, utilizou faixas com os dizeres "Kevin Fica em Paz" em jogos após o ocorrido. O ex-técnico da equipe, Tite, também se pronunciou após a partida, na época, quando deixou o confronto de lado e se solidarizou com a família do jovem.

Nos regulamentos da Conmebol, especificamente no Capítulo 6, art. 19, a entidade proíbe a entrada aos jogos com alguns objetos, incluindo os sinalizadores. Veja alguns dos tópicos presentes:

Objetos Proibidos.

Estão proibidos de serem trazidos para os estádios-sede das competições da seleção nacional e dos clubes e competições de clubes os objetos listados abaixo:

  • Extintores de fumaça colorida.
  • Objetos acionados com gás, hélio e/ou similares que possam gerar combustão.
  • Bandeiras de porte manual que sejam maiores que 2 metros de largura e 1,5 metros de comprimento, as quais não poderão ser unidas entre si.
  • Hastes para bandeiras de qualquer tipo.
  • Qualquer item que, na visão da equipe de gerenciamento de segurança, seja considerado perigoso.

As bandeiras, inclusive, como alega a Conmebol, "podem atrapalhar no monitoramento e controle das condutas individuais e coletivas do público".

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