
A Conmebol puniu o Flamengo com dois jogos de portões fechados, além de estipular multa por volta de R$ 950 mil, por causa dos episódios de violência acontecidos na decisão da Copa Sul-Americana de 2017.
Com isso, o Rubro-Negro [que ainda vai recorrer] deve disputar apenas um jogo perante a sua torcida na fase de grupos da Libertadores 2018: contra o Emelec, no dia 16 de maio, em compromisso válido pela penúltima rodada. O principal desafio, contra o River Plate, seria dentro de uma Ilha do Urubu vazia – a outra partida será contra uma equipe que virá através da fase pré.
Se não conseguir reverter a situação, o Fla vai sofrer em dois aspectos distintos. O primeiro é o econômico. Dentre os dez jogos de 2017 que mais geraram dinheiro em arrecadação, apenas dois não tiveram o Flamengo como personagem [justamente os jogos de final e semifinal do Grêmio na Libertadores]. E os três compromissos rubro-negros no certame continental, que estão nesta lista, somaram quase R$10 milhões e meio [R$ 10.339.183]. Ou seja: o Fla vai perder a chance de arrecadar uma quantia gigantesca.
Em 2017, foram R$ 10.339.183 jogando em casa na Libertadores (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
O outro problema, que mais preocupa o torcedor, está nos resultados. Ainda que tenha um dos elencos mais fortes do continente, o fator casa ainda é uma realidade no futebol. E jogar fora foi a maior pedra na chuteira do clube na Libertadores 2017: o Flamengo foi eliminado, ainda na fase de grupos, sem ter somado um ponto sequer como visitante: 100% de derrota, com um elenco que é basicamente o atual.
D = derrotas / J= jogos
A grande mudança, que permite ao torcedor sonhar, está no aprendizado que o time demonstrou após o trauma: seja na Copa do Brasil ou na Sul-Americana, chegou às decisões sabendo controlar os oponentes fora de seus domínios - embora não tenha conquistado os títulos. No certame nacional, o único resultado negativo dentro de 90 minutos foi para o Santos, que apesar de ter vencido por 4 a 2 não reverteu a vantagem construída pelo Fla no Rio de Janeiro.
Já na Sul-Americana, com adversários menos pesados [e a exceção de ter feito dois jogos no Maracanã, contra o Fluminense] o desempenho foi muito melhor: 60% de vitórias como visitante, com nove gols anotados e quatro sofridos, uma matemática perfeita e um aprendizado precioso para o time. Mas não contar com a sua torcida será, além do River Plate, o adversário mais difícil para o clube da Gávea.
