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Lionel Messi, Paulo Dybala, Cristiano RonaldoGetty / Goal

Por que Dybala falhou jogando ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo?

A derrota da Argentina no último sábado (15) contra a Colômbia deixou a equipe albiceleste com incertezas para a continuidade na Copa América. A ineficiência do ataque e a vulnerabilidade defensiva dão dores de cabeça ao técnico Lionel Scaloni, que tenta fazer o time melhorar para o duelo contra o Paraguai nessa quarta-feira (19).

Rodrigo De Paul pode começar o jogo no lugar de Angel Di María; Sergio Agüero também corre risco de ir para o banco de reservas para Lautaro Martínez iniciar a partida. Outras mudanças estão previstas.

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Um jogador, no entanto, está fora de cogitação para aparecer entre os onze iniciais. Paulo Dybala ficará entre os substitutos, status que ocupa há algum tempo graças ao fato de não conseguir jogar não apenas ao lado de um, mas os dois maiores jogadores da geração atual.

“O que vou dizer parece estranho, mas jogar com Messi na Argentina é um pouco difícil”. Essas palavras, ditas em um dos momentos críticos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, serviram como um fardo a ser carregado pelo atacante desde então.

Como atuar ao lado de um dos maiores atletas pode ser um desafio? Esse fantasma assombra Dybala há algum tempo e isso explica o desempenho abaixo do esperado sempre que está em campo.

Lionel Messi Paulo Dybala ArgentinaGetty Images
(Foto: Getty Images)

Os dois são muito semelhantes em campo. Ambos preferem jogar do lado direito do campo e fazer as jogadas por dentro, além de carregar a bola próxima ao corpo antes de finalizar a gol.

Os experimentos com Messi e Dybala entre os titulares não foram frutíferos. Parece que nenhum dois dois está disposto - ou capaz - de se adaptar ao estilo do outro.

Leo é Leo, sem dúvidas, é Dybala apenas um ótimo atacante, o que levanta poucos questionamentos sobre quem deveria ceder nesse conflito. É por isso que, aos 25 anos. o jogador da Juventus tem apenas 20 aparições com a camisa albiceleste, sendo que, algumas delas foram saindo do banco de reservas ou em jogos amistosos. Sobre bolas na rede, Paulo tem apenas um tento no currículo, contra o México em amistoso disputado em 2018.

O problema também é grande quando se trata da Velha Senhora. A chegada de Cristiano Ronaldo em 2018 tornou esse estigma mais evidente.

As três primeiras temporadas de Dybala em Turim se basearam nas parcerias entre Mario Mandzukic ou Gonzalo Higuaín, que saiu no ano passado. Com Higuaín, ele atuava isolado no 4-2-3-1 ou como segundo atacante. Com Mandzukic, no entanto, era diferente. O croata prefere atuar pelos lados do campo, ajudando a equipe a conquistar sucesso como um colaborador do todo. Juntos, eles conquistaram três Scudetto e o argentino se consagrou como uma das maiores promessas do futebol.

A chegada de Cristiano Ronaldo mudou tudo. O sacrifício e Mandzukic se voltou apenas ao português, enquanto o ritmo do time se tornou muito mais rápido e objetivo que antes. Foram 10 gols na última temporada contra 26 em 2017/18. Massimiliano Allegri desistiu de tentar encaixá-lo na equipe a partir da segunda metada da campanha passada.

Cristiano Ronaldo Paulo Dybala JuventusGetty
(Foto: Getty Images)

Gustavo Dybala, irmão do jogador, revelou que "não há problemas extracampo entre eles (Cristiano e Paulo), o problema é dentro dos gramados. Não dá para fazer nada com ele jogando e Paulo é jovem", disse em maio desse ano.

Se ele permanecerá em Turim ou não, isso é uma situação a se definir depois. O importante no momento é saber se a campanha da Argentina na Copa América terá salvação ou acabará cedo, como o 2 a 0 sofrido diante da Colômbia mostrou.

Por enquanto, ele segue na albiceleste, mesmo sem capacidade de ajudar Messi e, na ausência do camisa 10, também não demonstrou segurança suficiente para ser protagonista. Com a campanha de Ezequiel Barco no Mundial Sub-20, pode ser que Dybala perca espaço de vez e não esteja nos planos para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Qatar.

Seria desapontador em ver uma estrela como Dybala lidar com a queda vertiginosa na carreira tão cedo, sem espaço no clube e seleção. Mas, caso queira superar essa adversidade e mostrar que a temporada anterior foi apenas um acidente de percurso, a responsabilidade é toda dele em se tornar adaptável às situações apresentadas.

Mesmo que não consiga, ele ainda pode ter uma carreira longa e vencedora, mas o rótulo de "jogador que não conseguiu atuar com Messi e Ronaldo" é um peso grande a se carregar.

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