
Por Pedro Ramos - Premier League Brasil
Em fevereiro de 2016, eu havia escrito que José Mourinho não se encaixava no perfil adequado para comandar o Manchester United. Não é uma questão de não gostar da sua proposta de jogo reativa e sua obsessão em provocar o técnico adversário. Mourinho é dos treinadores atuais com o currículo mais vitorioso e se consagra como um grande estrategista.
No entanto, saber vencer era algo esperado pela torcida do Manchester United. A verdade é que – aqui recai uma crítica construtiva – o United pode apresentar resultados – e um futebol – melhor que desempenhou na temporada. Mourinho tem em mãos jogadores do nível de Pogba, De Gea e Ibrahimovic, mas comanda um time sem brilho, sem empolgação.
Quando chegou ao Manchester United, José Mourinho enalteceu a grandeza do clube e disse estar ciente e preparado dos desafios que encontraria em sua nova casa.
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"Conheço a responsabilidade e a expectativa. Ao mesmo tempo, conheço o legado. Sei o que está atrás de mim. Sei o que a história diz e o que os torcedores esperam de mim. O desafio não me deixa nervoso porque minha história foi a de sempre conviver com as expectativas dos grandes clubes".
Mas, até aqui, o Manchester United é a equipe que mais empatou na Premier League (14) e a que menos perdeu (3) ao lado do Tottenham, além de ter só o 7º melhor ataque da competição. São 51 gols marcados, 22 a menos que o Chelsea, líder no quesito. Uma análise rasa e recheada de pré-conceitos diria que Mourinho é “retranqueiro”, mas isso é apenas o estereótipo que ronda o treinador.
O departamento médico cheio atrapalha os planos, é verdade, mas não esconde o futebol pragmático apresentado até aqui. Os erros nas escalações e substituições, além da insistência em Fellaini, são escolhas complicadas de aceitar.
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