Por Julio César Puiati - Premier League Brasil
A força da economia britânica e as montanhas de dinheiro que circulam entre os clubes fazem com que a Premier League esteja constantemente colocando mais talentos entre as equipes competidoras - só neste último ano, o City trouxe Gabriel Jesus, o United pagou uma cifra recorde por Paul Pogba e o Chelsea trouxe de volta David Luiz para reforçar sua defesa.
Mas nem sempre os times dão um tiro certo com reforços, e aqui nos listamos algumas das grandes decepções que chegaram à Inglaterra (ou trocaram de time) prometendo muito... e pouco entregaram.
5. Simone Zaza - West Ham United
Getty ImagesCláusula maluca impediu com que Zaza jogasse mais
Simone Zaza é bom jogador. Mas infelizmente não conseguiu se adaptar na Inglaterra. Vindo da Juventus, o atacante foi uma das 8 contratações do técnico Slaven Bilic para a temporada 2016/17. Mas a negociação envolveu uma cláusula um tanto quanto curiosa. Caso o jogador completasse 14 partidas, os Hammers teriam que pagar 20 milhões de libras pelo italiano!
Zaza não correspondeu à altura. Colecionou uma série de atuações abaixo da média e logo foi deixado de lado. Bilic não arriscou escalá-lo mais e a recém contratação do West Ham atuou apenas 8 vezes. Foi cedido ao Valencia na janela de transferências de inverno.
4. Moussa Sissoko - Tottenham Hotspur
Getty ImagesTrinta milhões. Pouco futebol
Na temporada passada, Moussa Sissoko foi um dos únicos a se destacar pelo rebaixado Newcastle. Conhecido pela explosão física e por boas jogadas de infiltração, o meio-campista francês logo despertou a atenção de Mauricio Pochettino. Na janela de transferências de verão, a diretoria do Spurs desembolsou a incrível quantia de 30 milhões de libras pelo jogador.
Preço alto demais. Retorno baixo demais. Sissoko atuou como titular na Premier League em apenas 8 ocasiões. As outras 16 oportunidades foram vindas do banco de reservas. E os titulares do meio-campo – Christian Eriksen, Mousa Dembélé, Victor Wanyama e Eric Dier – souberam aproveitar as chances cedidas por Pochettino.
O Sissoko desta temporada chegou nem perto daquele Sissoko do Newcastle, inclusive, convocado para a Euro de 2016.
Premier League: compare os stats da galera que fez (muito) feio!
3. Loris Karius - Liverpool
GettyKarius foi contratado para ser titular. Ficou no banco
O Liverpool sofre com os seus goleiros desde a saída de Pep Reina. Simon Mignolet foi contratado junto ao Sunderland para a renovação da posição, mas nunca passou a confiança necessária. Por isso Jürgen Klopp foi às compras na janela de transferências que antecedeu o início da atual temporada.
Loris Karius vinha de boa campanha pelo Mainz 05, da Alemanha. E como o técnico alemão é bem conhecido por lapidar jovens promessas (como esquecer aquele Borussia de Götze, Reus e Hummels?), a aposta estava ali. Logo na pré-temporada, Karius assumiu a titularidade dos Reds. O maior problema do Liverpool até então poderia estar resolvido.
Mas a temporada se iniciou e Karius não atingiu as expectativas da diretoria e da torcida. O arqueiro se mostrou inseguro nas bolas aéreas e em defesas relativamente fáceis. Pouco a pouco foi perdendo credibilidade. Até que Simon Mignolet retomou a titularidade.
2. Jordon Ibe - Bournemouth
Getty ImagesIbe passou em branco: nenhum gol, nenhuma assistência
Revelado nas categorias de base do Liverpool, Jordon Ibe foi a contratação mais cara da história do Bournemouth. O winger de 15 milhões de libras chegou para reforçar o setor ofensivo dos Cherries, mas pouco contribuiu para a equipe do sul da Inglaterra. O que se viu foram lampejos de velocidade e técnica, mas a inconstância durante a campanha prevaleceu.
Ibe jogou 25 partidas por todas as competições nesta temporada (11 saindo do banco de reservas). Foram 1032 minutos em branco: nenhum gol e sequer uma assistência. Na verdade, mesmo as atuações pelo Liverpool não compensariam o valor absurdo pago no jogador. Mas Ibe ainda é jovem. Pode ainda surpreender – se lapidado da forma correta.
1. Claudio Bravo - Manchester City
Que saudades do meu ex, Joe Hart! (Fotos: Getty Images)
Contratado para ser o substituto de Joe Hart, Claudio Bravo chegou a Manchester com grandes expectativas. O arqueiro ex-Barcelona, conhecido pela boa técnica com os pés na saída de bola, se encaixaria – em tese – no esquema proposto pelo comandante espanhol: sem chutões, posse de bola, construção de jogo paciente.
Mas qual é a principal função do goleiro? Defender a meta. E isso Claudio Bravo não conseguiu cumprir com o mínimo de capricho. O goleiro foi criticado durante boa parte da temporada antes de se lesionar e perder o resto do calendário. Insatisfeita, a torcida Citizen não se conformava com a saída do ídolo Hart.
A derrota para o Everton por 4 a 0, em janeiro, talvez seja o grande símbolo da desastrosa temporada de Bravo. Quatro chutes dos Toffees. Quatro gols. Nenhuma defesa. Até aquela partida, o goleiro havia sofrido 14 gols em 22 finalizações adversárias. Coincidentemente, as coisas melhoraram em Manchester com a entrada do até então reserva Willy Cabellero.