Jogando fora de casa, o Palmeiras bateu a Chapecoense por 2 a 1 neste domingo (02) e se mantém na liderança isolada do Brasileirão: são 16 pontos somados após sete rodadas, um a mais em relação ao vice-líder Atlético-MG. A vantagem, no entanto, poderia ser ainda maior se a vitória por 1 a 0 em cima o Botafogo, na última semana, não tivesse sido suspensa até que um julgamento defina se o erro do árbitro Paulo Roberto Alves Junior requer ou não a remarcação do encontro.
Ou seja: mesmo com um jogo a menos o atual campeão brasileiro, e invicto há 30 partidas [seriam 31 se pudéssemos contar o jogo contra o Alvinegro carioca], tem uma vantagem neste início de Brasileirão. Um domínio grande iniciado desde a metade do Brasileirão passado, antes de o time comandado por Luiz Felipe Scolari fazer a melhor campanha de um turno [no caso, o segundo] na história da Série A por pontos corridos com 20 equipes participantes. Exatamente por isso, são muitos os aspectos que explicam por que este Palmeiras é tão forte. Nós selecionamos cinco que ajudam a contar a história deste desempenho.
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Encaixe com Felipão
(Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)
Antes de repatriar Luiz Felipe Scolari, o Palmeiras não vinha em um grande momento. E o reencontro com um dos maiores treinadores de sua história encaixou perfeitamente. Os jogadores entenderam o que Felipão queria, o time encaixou e passa uma segurança incrível dentro de sua competitividade.
Dudu, o craque
Todo grande time possui um grande craque, a referência que resolve jogos quando os seus demais companheiros muitas vezes não conseguem. No caso do Palmeiras, este homem é Dudu. O meia disputou 28 dos 31 duelos do Verdão em 2019, e ao abrir o placar contra a Chapecoense, neste domingo (02), chegou ao quarto gol no ano. Pode até parecer pouco, mas o jogador de 27 anos lidera o ranking de assistências no Brasil [considerando os times da elite em todas as competições] com 10 passes para gols, cinco deles foram neste Brasileirão. Ele decidiu em 2018 e segue o fazendo agora.
Alternância de protagonismos
Dudu, entretanto, não é o único protagonista do time, apesar de ser o maior. O investimento gigante, dentro dos parâmetros do Brasil, permitiu ao Palmeiras fazer um elenco repleto de boas opções. Somente nesta atual temporada, Ricardo Goulart (que voltou para a China, após passagem relâmpago) e Gustavo Scarpa já foram referências. Hoje, Zé Rafael vem aparecendo cada vez mais e melhor: foi dele a assistência para o primeiro gol marcado por Dudu, nos 2 a 1 sobre a Chapecoense. Marcos Rocha garantiu a vitória pouco depois que os donos da casa empataram através de pênalti convertido por Everaldo. O lateral de 30 anos é o defensor que mais participou diretamente de gols neste início de Brasileirão [foram dois tentos e uma assistência]. Ou seja: não faltam jogadores com a capacidade de decidir.
Saber o que fazer quando tem a bola
Palmeiras/Divulgação(Foto: Palmeiras/Divulgação)
O Palmeiras está longe de encantar com o seu futebol pragmático e choca ao ser um dos times que menos trocam passes no Brasileirão. Mas quando têm a bola no pé, conseguem levá-la constantemente ao fundo das redes adversárias. Mesmo com um jogo a menos, tem o melhor ataque do Brasileirão (14 gols). É o raro caso do time que sente-se seguro sem a bola.
Defesa quase invencível
Divulgação/PalmeirasGustavo Gómez, intransponível na zaga alviverde (Foto: Divulgação/Palmeiras)
E muito desta segurança tem como alicerce o sistema defensivo, o melhor do Brasil. Especialmente com as presenças de Felipe Melo, no meio-campo, protegendo a zaga e a dupla de centrais, com destaque para o paraguaio Gustavo Gómez. O Palmeiras sofreu apenas dois gols neste Brasileirão e no ano todo viu a sua meta ser violada somente nove vezes. Se a máxima de que ataque ganha jogo, defesa conquista campeonatos for verdadeira... o torcedor alviverde pode ter grande confiança na defesa do título nacional.




