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Ze Ricardo Atletico-PR Flamengo Libertadores 26042017Alexandre Schneider/Getty

Ninho do Urubu: Zé Ricardo está jogando a promissora carreira fora


Por Bruno Guedes


Sempre foi um dos fortes da coluna Ninho do Urubu defender a renovação de treinadores. E entre os melhores da nova geração está o técnico Zé Ricardo, que com pouquíssimo tempo para treino e ajustes, em 2016, se mostrou um grande estudioso e muito preparado para organizar a bagunçada equipe do Flamengo do Muricy Ramalho. O título ficou no quase, mas a ótima organização pegou.

Em 2017, o ano da afirmação, porém, Zé passou a insistir em peças erradas e pagou por essas escolhas constantemente erradas. Agora, novamente mantendo essa mentalidade, pode estar comprometendo a sua promissora carreira.

É inegável que o técnico Zé Ricardo está entre os mais talentosos da nova safra. Sua equipe tem um padrão tático extremamente definido e uma defesa que, mesmo com absurdos e constantes erros individuais, permanece como como uma das melhores das competições que disputa. Com linha defensiva explícita e coberturas que se destacavam durante um tempo.

Atualmente, no Brasileirão, é a quarta menos vazada, com sete gols. Mas as falhas isoladas ocorrem, principalmente, porque o treinador insiste em peças que já se provaram desgastadas e que não se ajustam mais.

Marcio Araujo Gustavo Cuellar Flamengo 28052017CR FlamengoAraújo e Cuéllar (2º e 4º da fila): dupla sob fogo (Foto: CR Flamengo)

Márcio Araújo veio para o Flamengo em 2014, de graça, na política de poucos gastos e aproveitamento de jogadores livres no mercado. Se mostrou útil em 2016 quando precisava equilibrar defensivamente o Flamengo. Entretanto estamos em 2017 e o Márcio continua titular. Um intocável. Errando, com passes laterais inúteis, falhas e mais falhas... e nunca é sacado. Até quando Zé vai dar soco em ponta de faca? Por que o volante tem tantas chances e Ronaldo, da base, promissor e que já trabalhou com o treinador, não tem uma oportunidade real?

Outro que já se provou superestimado é o colombiano Cuéllar. É um mal do futebol brasileiro, o endeusamento a jogadores estrangeiros. O volante, que na verdade é um meia, é lento e tem pouca efetividade na marcação, apesar de ser infinitamente superior a Márcio Araújo no que diz respeito a qualidade do passe. Novamente o jovem Ronaldo consegue ter tudo isso e ainda ser veloz e ótimo marcador. E por onde anda o Ronaldo?


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Na dupla de zaga, mais insistências. Sai dupla, entra dupla, sempre os mesmos: Réver, Juan e Rafael Vaz. Os dois primeiros com idade avançada e lentos, porém extremamente técnicos. O último, contratado igual no caso do Márcio Araújo, numa necessidade em que o elenco precisava de zagueiros. E seguem intocáveis, se revezando nas pífias atuações da equipe. Léo Duarte, que fez boas apresentações, segue esquecido, sem uma sequência necessária para a afirmação ou não. 

O time se desestruturou. Hoje o Flamengo é sombra do que foi em 2016. Não tem mais aquele volume e intensidade, nem mesmo criar consegue. Mas parece que as mudanças são mínimas, há uma insistência por jogadores que já se provaram os piores. Zé Ricardo, você é jovem e promissor, mas pode estar jogando fora a chance de ouro de afirmação definitiva.


FLAMENGO: ESTATÍSTICAS INDIVIDUAIS - BRASILEIRÃO 2017

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Bruno Guedes é músico, apaixonado por futebol e beisebol. Brasiliense por certidão e carioca de coração, acredita no futebol brasileiro e tem Romário como o maior jogador que viu dentro das quatro linhas.
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