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Micale Brasil Seleção Japão 30072016Lucas Figueiredo / MoWA Press

Micale descarta saída do Egito e é consultado por formatação de liga local

Campeão olímpico pelo Brasil em 2016, Rogério Micale quer seguir se destacando no futebol internacional. À frente da seleção olímpica do Egito, o treinador não pretende deixar o trabalho antes do ciclo que se encerra em Paris 2024.

Em entrevista exclusiva à GOAL, o técnico brasileiro que venceu os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, destacou que não há motivos para interromper o atual trabalho: "Não existe motivo nenhum para eu sair, eu estou feliz, estou tendo todo o apoio da federação, dos clubes, todos os clubes do Egito abrir as portas. A gente conversa com todos os treinadores, a torcida abraçou a ideia, apoia a minha chegada, sempre fui muito bem recebido. Não existe nada para sair, quero levar adiante o meu trabalho no Egito".

O atual vínculo do treinador é até os Jogos Olímpicos de Paris, que se encerram em 11 de agosto de 2024. Ele, contudo, só será mantido em caso de avanço nas classificatórias africanas para o torneio.

"O meu contrato funciona assim, ele vai até 2024, quando teremos os Jogos Olímpicos, mas ele tem metas. Eu passo por classificatórias. Em março, tenho dois jogos contra a Zâmbia. Se eu passar, o contrato é renovado. Se eu perder, ele é rescindido. O contrato é até as Olimpíadas, mas ele renova automaticamente a cada passagem de chave. Se passarmos da Zâmbia, teremos um torneio com os oito melhores no Marrocos. Os três primeiros se classificam para os Jogos Olímpicos, e o quarto disputa uma repescagem contra um time asiático. Se eu passar todas as fases, o contrato vai até 2024, que é quando as Olimpíadas acontecem", explica.

Rogério Micale ainda conta que faz parte de um projeto elaborado no Egito. O brasileiro é consultado sobre a formatação da liga local e não atua apenas selecionando os melhores jovens para a disputa dos torneios sub-23 com a seleção do país.

"Sou ouvido inclusive na formatação do campeonato nacional do Egito, principalmente de jovens. Essa abertura, essa valorização do profissional me encanta, me faz muito feliz à frente do Egito. É uma baita oportunidade de abrir novos mercados, até pela questão dos treinadores terem dificuldade no próprio país. Estou abrindo mercado para mim e para outros tantos, a gente tem que desmitificar essa ideia de que o técnico brasileiro não é atualizado", comentou.

Micale relata ainda que recebeu proposta de uma seleção africana para atuar no futebol profissional, mas preferiu a sequência na equipe nacional egípcia.

"O meu mercado se direcionou muito mais para fora do país. Uma construção de carreira internacional é muito mais viável para mim. Veio proposta de outra seleção antes de assumir o Egito, seleção principal do continente africano inclusive, mas o projeto do Egito era mais interessante à época, me atraiu mais na ocasião", concluiu.

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