Que Marcelo viveu uma temporada para esquecer, não é novidade para quase ninguém. Questionamento sobre a titularidade no Real Madrid, atuações abaixo da média e a concorrência aberta pela vaga na lateral-esquerda guiaram seu ano na equipe. Para "coroar" a má fase, a ausência na lista final de Tite para a Copa América ilustrou bem a situação.
Obviamente, devemos levar em conta o fato de os Merengues terem vivido um ano igualmente atípico. Em sua primeira temporada sem Cristiano Ronaldo e Zinedine Zidane, o time teve duas trocas no comando, sendo a última com o retorno do próprio Zidane, eliminação precoce na Champions League, Copa do Rei e ausência na briga pelo título de La Liga. O saldo da campanha dos Merengues é que a renovação precisa ser profunda. E é aí que o futuro de Marcelo entra no questionamento.
Quer ver jogos ao vivo ou quando quiser? Acesse o DAZN e teste o serviço por um mês grátis!
A chegada de Ferland Mendy, considerado por alguns como "o Mbappé da lateral-esquerda" e a ascensão de Sergio Reguilón na última temporada dão ao camisa 12 uma concorrência que foi quase inexistente ao longo de seus pouco mais de 12 anos de Madri. A irregularidade lhe custou a confiança inquestionável perante à torcida, que criticou não só ele, mas boa parte dos representantes do então tricampeão da Champions League e time a ser batido pelos rivais.
Reguilón foi introduzido nos onze iniciais aos poucos e, com a temporada "encerrada" ainda em abril, a pressão por resultados já não era tão grande e, por isso, seu rendimento não foi questionado tanto. O jovem não comprometeu em nada o andamento da equipe, pelo contrário. Sergio conseguiu se fazer percebido pelos madridistas, que agora creem em um futuro pós-M12.
Mendy, que chega com o aval do treinador da seleção francesa, Didier Deschamps, terá um grande desafio para lidar com a concorrência aberta pelo flanco esquerdo. Por ser um pedido pessoal de Zizou, sua chegada já supera a barreira da desconfiança do comando, o que abre portas para a eventual titularidade.
Para Marcelo, resta saber se vale a pena continuar o legado como um dos maiores jogadores da história da equipe, mesmo desfrutando de pouca moral e em meio a uma revolução no vestiário. Caso sim, ele sabe que terá o apoio do treinador, mas que isso não será suficiente. Se a resposta for não, o mercado de transferências certamente oferecerá mais de um caminho para que o brasileiro siga. A Juventus seria o principal alvo, já que ele poderia reencontrar o próprio Cristiano Ronaldo, amigo de longa data e que, segundo a imprensa italiana, teria pedido a contratação do jogador.


