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Eduardo Bauermann, jogador do SantosIvan Storti/Santos FC

Manipulação de partidas e um desabafo: não estraguem nosso jogo de futebol

Quando o jogador do nosso time leva um cartão daqueles bem desnecessários ou comete aquele pênalti infantilmente bobo, entregando um resultado, é normal escutar algum torcedor esbravejar: “Esse aí está comprado!”. A acusação soava como teoria da conspiração, a busca de alguma desculpa clubista para justificar o vacilo. Mas para tristeza de todos nós a presença deste jogador corrompido, segundo o Ministério Público e a Operação Penalidade Máxima, pode ser mais real do que gostaríamos.

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Se hoje em dia é possível apostar não apenas no resultado das partidas, mas em todas as ações que cada jogador pode fazer e provocar em campo, uma quadrilha se organizou para encomendar faltas, cartões, pênaltis, número de finalizações... aos atletas envolvidos no espetáculo. Os jogadores que teriam entrado no esquema, claro, recebiam grandes valores neste ataque aos princípios mais básicos da ética e do caráter. E você e eu, que gastamos nosso tempo, saúde mental e financeira, para acompanharmos nosso clube de coração e outros jogos de futebol, somos passados de otários nessa história.

Como ter paz sabendo que qualquer coisa que ocorre em um jogo, até mesmo da primeira divisão, pode realmente estar corrompida? Que pode ser uma mentira, um grande esquemão? Um erro honesto irrita o torcedor, mas não deixa de ser um erro honesto. Mas errar de sacanagem? É algo que mancha os profissionais honestos do esporte, a paixão e fidelidade do torcedor e ataca especialmente o futebol como um todo. Perde-se a confiança, abre-se o espaço para teorias de conspiração, ora certas e ora nem tanto, e com isso o esporte que tanto amamos apodrece um pouco.

Apesar da tristeza, o brasileiro também consegue encontrar motivos para rir. Lembra daquele zagueirão que acumulou cartões amarelos décadas atrás? Já tem meme dele, inocente, questionando, em meio a um lamento, que não sabia que poderia ter virado bilionário por cartão amarelo recebido.

A fábrica de memes está a todo o vapor nas redes sociais, mas a sensação ao ver cada uma destas zoeiras nos leva a outro meme: aquele, já antigo, em que você não sabe se o senhorzinho está sorrindo ou chorando. Ele está “chorrindo”. Qualquer erro agora não é mais um erro, passa a receber o carimbo da dúvida. Que possamos aposentar logo esse carimbo.

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