Integrantes da Liga Forte Futebol (LFF) se incomodaram com o modelo de distribuição de receitas apresentado pela Liga do Brasil (Libra) na manhã desta terça-feira (21), como soube a GOAL.
A proposta feita pela Libra — criada por Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo — tem uma cláusula de estabilidade que protege Fla e Timão por até cinco temporadas. De acordo com o documento, este seria o período necessário para uma transição até a distribuição de receitas considerada ideal.
O documento diz que, hoje, a receita é distribuída da seguinte forma: 29,7% de maneira igualitária, 22,2% por performance e 48,1% por audiência. A ideia é que, durante o período de transição — de até cinco anos —, os clubes recebam desta forma: 40% de maneira igualitária, 30% por desempenho e 30% por audiência. Ao fim do período de transição, a divisão seria a pleiteada pela LFF: 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência.
De acordo com o modelo sugerido pela Libra, o clube com maior receita poderia faturar até 3,5 vezes mais que o de menor receita. Em um cenário hipotético, que leva em consideração o Brasileirão 2021, a maior receita seria do Flamengo, com R$ 398,2 milhões. A menor seria do Cuiabá, com R$ 119,1 milhões. A arrecadação dos cariocas seria 3,34 vezes superior à dos cuiabanos. O Atlético-MG, campeão daquele ano, ficaria com R$ 215,3 milhões. Ao todo, seriam distribuídos R$ 4,250 bilhões (veja a imagem abaixo).
RepoduçãoA divisão feita pela LFF inclui clubes da Série A e da Série B — a GOAL recebeu o documento de forma exclusiva na tarde desta terça-feira. Com uma receita distribuída de R$ 4,850 bilhões, a projeção é que a equipe de maior arrecadação embolse no máximo 1,94 vez a mais que a de 20º maior faturamento. Na projeção feita pelo grupo, o Flamengo faturaria R$ 225,46 milhões, enquanto o América-MG receberia R$ 116,030 (veja a tabela abaixo).
| Clubes | Valor em milhões de reais |
| Flamengo | 225.460 |
| Corinthians | 223.110 |
| Palmeiras | 220.690 |
| São Paulo | 218.750 |
| Internacional | 218.370 |
| Atlético-MG | 217.430 |
| Santos | 214.680 |
| Cruzeiro | 214.200 |
| Fluminense | 213.250 |
| Grêmio | 212.290 |
| Vasco | 212.120 |
| Athletico-PR | 202.910 |
| Botafogo | 184.350 |
| Coritiba | 159.180 |
| Goiás | 152.480 |
| Sport | 139.280 |
| Bahia | 136.470 |
| Ceará | 120.650 |
| Fortaleza | 120.650 |
| América-MG* | 116.030 |
| Avaí | 93.770 |
| Chapecoense | 93.720 |
| Juventude | 92.820 |
| Atlético-GO | 91.460 |
| Vitória | 90.980 |
| Ponte Preta | 90.020 |
| Red Bull Bragantino | 89.540 |
| Criciúma | 62.250 |
| Cuiabá | 57.460 |
| Guarani | 52.670 |
| CRB | 43.090 |
| Vila Nova | 38.310 |
| Sampaio Corrêa | 33.520 |
| ABC | 33.170 |
| Londrina | 33.170 |
| Ituano | 26.340 |
| Botafogo-SP | 26.340 |
| Tombense | 26.340 |
| Novorizontino | 26.340 |
| Mirassol | 26.340 |
*20º maior faturamento
A Libra é um bloco formado por 18 clubes: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
A LFF conta com 26 clubes do país: ABC, Athletico, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.
