
A partida da Seleção Brasileira na estreia da Copa do Mundo, diante da Suíça, no último domingo(17), deixou algumas preocupações no ar. A equipe, diferente do que nos acostumamos a ver nos últimos dois anos, oscilou bastante, permitindo que os suíços, em alguns momentos, tomassem conta da partida.
A maioria das jogadas da Seleção foram executadas pelo lado esquerdo, o que não é de se espantar já que com Marcelo, Neymar e Coutinho atuando naquela faixa de campo, a qualidade do setor fica mais do que evidente, no entanto, o lado direito ficou esquecido.
Getty
(Foto: Getty Images)
Vindo de grande temporada, Willian ganhou a vaga de titular justamente pelas boas atuações também com a camisa da Seleção, mas na estreia da Copa do Mundo, ele ficou na maioria das vezes isolado pelo lado direito. O Brasil concentrou quase todas as suas jogadas na esquerda, desequilibrando a equipe.
Por outro lado, Danilo, que ficou com a vaga de Daniel Alves, que lesiado, não foi para a Copa do Mundo, se mostrou bastante conservador durante o jogo. Nos 90 minutos, se ele subiu duas vezes foi muito. Quem também não se aproximou daquele lado foi Paulinho, que buscou aproveitar o corredor no meio-campo e até conseguiu chegar na área para concluir.
Getty
(Foto: Getty Images)
Essa é sem dúvida a melhor jogada do meia, que se tornou um dos artilheiros do Tite por justamente aproveitar o corredor para chegar como elemento surpresa na área. No entanto, é necessário hoje dar um suporte a Willian, que sozinho não vai conseguir ser efetivo pelo lado direito.
Desta forma, ficou fácil para os suíços, que conseguiram anular as principais jogas da Seleção pelo lado esquerdo, tanto Marcelo, quanto Neymar e até mesmo Coutinho, independente do gol, não foram bem na partida, justamente por ficarem sobrecarregador por ali.

As raras jogadas pelo lado direito aconteceram quando Neymar inverteu, no entanto, nada funcionou. Na esquerda, com uma marcação forte e uma recomposição sem muita pegada, o Brasil não conseguiu definir, já o lado direito, não conseguiu produzir.
Para o duelo contra a Costa Rica, a capacidade fisica e de marcação do adversário não é grande, por mais que busque se defender vai deixar o Brasil sair e jogar, no entanto é preciso pensar em um jeito de equilibrar a equipe, principalmente para encarar adversário mais fortes.
