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Mouctar DiakhabyGetty

Jogador do Valencia acusa rival de racismo e abandona partida contra Cádiz

Dia histórico no Ramón de Carranza, onde o Valencia deixou o campo de jogo devido a um possível insulto racista de Juan Cala a Diakhaby. Os jogadores abandonaram o campo aos 31 minutos do primeiro tempo, embora tenham retornado 15 minutos depois de uma conversa entre os capitães das equipes. A partida foi retomada e o Valencia perdeu a partida por 2 a 1.

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O que aconteceu?

O episódio aconteceu após Diakhaby ter se desentendido com Cala no meio-campo, fora da disputa de bola. O francês, visivelmente alterado, precisou ser contido pelos companheiros, e foi punido com cartão amarelo. Na sequência, procurou o árbitro acusando o rival de ter feito uma ofensa racial.

O que falaram sobre o caso?

Ao final da partida, o lateral Gayá disse que Diakhaby estava "arrasado" e pediu para a equipe voltar a campo, mas também citou ameaças de que o time poderia ser punido se não voltasse ao gramado.

"Ele nos falou que foi insultado de maneira racista. Voltamos a jogar porque nos disseram que poderiam nos tirar 3 pontos e algo mais. Ele [Diakhaby] nos pediu para que fôssemos jogar. Ele está arrasado, foi uma ofensa muito feia... Estamos com ele até a morte", falou o defensor do Valencia a respeito do caso.

O técnico dos Morcegos, Javi Gracia reiterou a fala de Gayá e falou sobre a sanção que o clube poderia sofrer, caso não voltasse a jogar.

"Nos disseram que se não jogássemos, teríamos uma sanção muito grave. Foi um insulto racista muito grave", declarou o treinador espanhol.

Por outro lado, o treinador do Cádiz, Alvaro Cervera defendeu seu jogador, que disse não ter ofendido Diakhaby.

"Cala me disse que em nenhum momento insultou o jogador. Eu creio no atleta que diz não ter ofendido o companheiro. Isso é o que posso falar", falou Cervera.

O Valencia se pronunciou

No Twitter, o Valencia explicou o motivo de seus jogadores terem retornardo ao campo.

"A equipe se reuniu e decidiu voltar a lutar pelo clube, mas firme na condenação do racismo em toda a Valência em todas as suas formas. Racismo, não", disse.

O jornal Marca estampou em sua capa desta segunda-feira (5) uma mensagem de apoio ao defensor do Valencia.

"Não está sozinho", diz a manchete. "Intolerável episódio de racismo no futebol espanhol".

Cala, o acusado, disse estar tranquilo

As primeiras falas públicas de Juan Cala foram curtas e nada esclarecedoras. O jogador foi filmado na manhã desta segunda-feira (5) pelas camêras da Gol TV e se limitou a dizer poucas palavras.

"Estou tranquilo, não vou me esconder. Amanhã falarei em coletiva de imprensa", disse. "Parece que neste país não há presunção da inocência".

Cádiz emitiu comunicado

Com a grande repercussão do caso nas redes sociais, o clube da cidade portuária emitiu um comunicado oficial em seu site. Com texto protocolar, o Cádiz condenou o racismo e falou estar do lado da causa antirracista. Sem nem citar o caso específico da partida desse domingo (4), o clube espanhol falou sobre a questão em tópicos curtos. Alguns são:

"Não duvidamos da honestidade de todos os integrantes do nosso elenco, que são firmes defensores da luta contra o racismo, cujas atitudes sempre foram exemplares em todos os jogos que disputaram", lê-se no comunicado. E ainda, em outro ponto:

"Essa entidade [Cádiz] não pode se permitir avaliar os lances próprios do jogo entre os atletas, e sempre exigimos uma atitude de respeito e responsabilidade contra os adversários", lê-se em outro tópico.

Com a derrota, o Valencia conheceu seu 12º revés no campeonato espanhol e está na 12ª posição, um ponto a frente do 13º, que é o próprio Cadiz.

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