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Herói no ataque e muralha na defesa, Réver se mostrou um jogador completo contra o Bahia

Goleada mentirosa. A designação é dada quando um resultado não é condizente com o que se vê em campo. Foi exatamente o que aconteceu com o Flamengo, quinta-feira (19), na Ilha do Urubu, na 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O segundo tempo se encaminhava para o fim, e o empate por 1 a 1 irritava o torcedor – que até chegou a vaiar o meia Diego. A pressão estava forte, até que Réver voltou a aparecer para salvar a noite.

Foi o zagueiro quem abriu o placar, em arremate de cabeça no início do segundo tempo, aos 55’. A tensão começou quando Steven Mendonza empatou, em cobrança de pênalti, e o momento não era favorável ao Fla - que até conseguia chegar no ataque, embora muito mais pela vontade do que na habilidade.

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Quando Réver subiu, a ponto de quase levantar voo, talvez ele não soubesse: mas ali o zagueiro de 1,92m escreveria a sua melhor exibição no Brasileirão 2017. Com o 2 a 1 no placar, a equipe treinada por Reinaldo Rueda se aproveitou dos espaços que surgiram enquanto o Bahia buscava o empate.

Diego conseguiu sair do inferno e foi com passagem direta ao paraíso: o pênalti convertido cravou o 3 a 1, e o arremate após belíssimo giro dentro da área transformou a vitória em goleada. O terceiro gol aconteceu aos 85’, e o placar foi selado aos 87’. Por isso, uma goleada mentirosa.

Rever Diego Ribas Flamengo Bahia Brasileirao Serie A 19102017Alexandre Loureiro/GettyRéver foi capital. Foi salvador (Foto: Alexandre Loureiro/Getty Images)

Isso não quer dizer que o Flamengo não tenha merecido a vitória: chegou sempre com mais perigo no ataque e dominou as ações com a bola. Mas ninguém mereceu tanto o resultado positivo quanto Réver. O defensor teve números impressionantes em absolutamente todas as fases do jogo.

No ataque, foi quem teve melhor aproveitamento nas suas chegadas: os 3 arremates terminaram em 2 gols – Diego arriscou 4 chutes e acertou 2; no jogo de transições, só distribuiu menos passes do que Miguel Trauco [56, com aproveitamento de 87.5%], e com o detalhe de ter tido aproveitamento melhor nos passes dados no campo de ataque em relação a Diego e Everton Ribeiro [os cérebros do time na criação]: 80% de sucesso.

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Mas o camisa 15 não se esqueceu do básico, do seu papel principal. E na defesa, foi um monstro: só efetuou menos cortes do que o companheiro Juan [foram 6, comparados a 9] e liderou no quesito interceptações de jogadas [4].

É claro que o que fica marcado são os gols. Foi o melhor desempenho ofensivo de um defensor rubro-negro em toda a atual edição do campeonato. Mas com números defensivos que também não deixam a desejar em relação aos seus melhores momentos neste Brasileirão, Réver mostrou que um zagueiro ainda pode bater no peito para falar que é um jogador completo!

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