Nesta quarta-feira (1) o Flamengo visita o Internacional pela segunda rodada do Brasileirão e irá enfrentar um nome conhecido da torcida rubro-negra: Paolo Guerrero.
Este será a primeira partida do atacante peruano contra o ex-time após a conturbada saída dele no último ano. No ano passado Guerrero foi suspenso por doping e o Flamengo decidiu não pagar seu salário pelos seis meses que ele passou suspenso, o que irritou o jogador, que esperava apoio do clube na sua defesa. Em meio a uma disputa de bastidores, o jogador deixou o clube ao fim de seu contrato e assinou com Internacional.
A passagem de Guerrero pelo Flamengo não foi ruim, mas ficou no cheirinho. Foram três anos no clube, com 43 gols em 115 partidas e apenas um título, o Campeonato Carioca de 2017. Pouco para quem chegou como uma contratação simbólica de uma nova era do Flamengo.
Depois de anos apertando o cinto e cortando gastos, Guerrero chegou em 2015 como a face de um novo Flamengo capaz e disposto a pagar por grandes nomes. Enquanto o maior salário do time na época era Alecsandro, que recebia R$250 mil por mês, Guerrero chegou recebendo luvas de cerca de R$12 milhões e salário de mais de R$500 mil. A torcida, animada com a novidade, cantava que "acabou o caô, Guerrero chegou".
O atacante nunca teve seu papel no time questionado nem passou por grandes secas de gols, mas não brilhou como a liderança técnica que clube e torcida esperavam. A suspensão por doping em um momento em que o time se reforçava na busca por títulos maiores foi a gota d'água em uma relação que aos poucos foi se esfriando.
Curiosamente o Internacional esteve muito presente na história rubro-negra de Guerrero: foi contra o Inter que Guerrero fez sua estreia, com um gol e uma assistência. Também foi contra o colorado a reestreia dele após a suspensão do doping, sem gol mas com vitória do Flamengo.
No Internacional, Guerrero chegou carregando seus dramas do passado. A suspensão por doping foi reativada logo após sua chegada e só em abril deste ano que ele pode finalmente defender a camisa colorada: até agora foram três gols em cinco partidas, mas a decepção de ter passado em branco na decisão do Gaúcho contra o Grêmio.
O duelo desta quarta-feira é uma chance de virar páginas: o Flamengo quer mostrar que com Gabigol não sente mais falta de um centroavante de grife, Guerrero quer mostrar que superou os meses fora de futebol e, contra o ex-time, provar que ainda é goleador.