
Por Equipe FutMKT- www.futebolmarketing.com.br
Após os conquistar os inéditos hexa na Serie A TIM e tri na TIM Cup (a Copa da Itália) em 2016-17, a Juventus agora comemora um “penta”: pela quinta temporada consecutiva, a Signora esgotou seus abbonamenti — os season tickets ou carnês de jogos — para 2017-18 no agora Allianz Stadium.
Como na última temporada, foram disponibilizadas 29.300 vagas sendo 4.000 premium. E embora o preço médio de renovação entre os setores mais barato e mais caro tenha subido, em média, cerca 10% (€ 768,00 — ou pouco mais de R$ 2.795), 90% dos abonados reconfirmaram seus lugares para 2017-18.
Uma taxa-recorde, que impressiona ainda mais se considerarmos que, desde 2012-13 — a segunda temporada do Juventus Stadium, e, consequentemente, a primeira de sua consolidação junto à torcida —, o preço médio das renovações de abbonamenti subiu 44,3%. Assim, os ganhos da Signora com a modalidade saltaram de € 19,8 milhões para, estimamos, € 26,51 milhões (ou seja: os € 24,1 milhões de 2016-17 com o aumento médio de 10%).
Juventus FCFoto: Juventus FC
E essa conta fica ainda melhor, pois os abbonati da Juve têm prioridade na compra de ingressos para a TIM Cup e a UEFA Champions League. Ou seja, a probabilidade tenha os mesmos 29.300 lugares reservados para a Serie A TIM (que equivalem a 70% da capacidade do Allianz Stadium) ocupados também nas demais competições — com arrecadação menor na Coppa, mas bem maior na UCL — é enorme.
Dessa forma, o matchday da Juve no Allianz Stadium, temporada a temporada, fica assim:
| 1ª TEMPORADA — 2011-12: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 24.000; – Média de público na Série A TIM: 37.570; – Taxa de ocupação: 90,5%; – Receita com matchday (todas as competições): € 31,8 milhões | 2ª TEMPORADA — 2012-13: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 27.442; – Média de público na Série A TIM: 38.646; – Taxa de ocupação: 93,1%; – Receita com matchday (todas as competições): € 38 milhões |
| 3ª TEMPORADA — 2013-14: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 27.575 (sold out); – Média de público na Série A TIM: 37.318; – Taxa de ocupação: 89,9%; – Receita com matchday (todas as competições): € 41 milhões | 4ª TEMPORADA — 2014-15: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 28.000 (sold out); – Média de público na Série A TIM: 38.553; – Taxa de ocupação: 92,9%; – Receita com matchday (todas as competições): € 51,4 milhões |
| 5ª TEMPORADA — 2015-16: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 28.000 (sold out); – Média de público na Série A TIM: 38.663; – Taxa de ocupação: 93,2%; – Receita com matchday (todas as competições): € 43,7 milhões | 6ª TEMPORADA — 2016-17: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 29.300 (sold out); – Média de público na Série A TIM: 39.489; – Taxa de ocupação: 95,1%; – Receita com matchday (todas as competições): previsão de € 65,7 milhões (estimativa) |
| 7ª TEMPORADA — 2017-18: – Vendas de carnês para a Série A TIM: 29.300 (sold out); – Média de público na Série A TIM: mínimo de 29.300; – Taxa de ocupação: mínimo de 70%; – Receita com matchday (todas as competições): a partir de de € 26,51 milhões, contando apenas com vendas de carnês para a Serie A TIM | ![]() |
GettyFoto: Valerio Pennicino/Getty
Excelente, não? Pois ainda dá para melhorar. Porque os abbonati da Juventus têm vantagens além do estádio, como, por exemplo, desconto para o J-Museum anexo ao estádio, que, desde sua inauguração, em 2012, já superou as 840 mil visitas, sendo 180 mil apenas em 2016-17 (alta de 17%). Mais? 43% desses 180 mil visitantes participaram do “Stadium Tour” — que também tem preço especial para quem compra o carnê.
Mais ainda? Novos descontos para conhecer a J-Medical — o centro médico da Signora — e em compras na J-Store durante toda a temporada — o que ajuda a explicar como a Juve se consolidou no TOP 10 de maiores vendedores de camisas em todo o mundo, e também vai ao encontro da nova estratégia de consumo estabelecida em seu rebrand.
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Juventus FCFoto: Juventus FC
Ou seja, se o Allianz Stadium é (e é) uma máquina de fazer dinheiro, os abbonamenti representam o botão ON/OFF. Poucos clubes no mundo utilizam essa prática como a Juventus. E menos ainda têm aprendido com a Juve a utilizá-la. Uma pena — para os outros.



