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Everton Flamengo Santos Copa do Brasil 28062017Gilvan de Souza/CR Flamengo

Éverton, o herói e ídolo invisível do Flamengo


Por Tauan Ambrosio 


‘Unsung hero’ é uma expressão em inglês usada para se falar de um herói que não recebe o destaque merecido. No futebol, ela é muito presente na Europa quando o tema é algum jogador-chave que, apesar de ser constantemente decisivo, não é o grande protagonista do time ou estampa as capas de jornais.

Casemiro, por exemplo, foi citado como o ‘unsung hero’ do Real Madrid [o time de Cristiano Ronaldo, máximo dono das glórias merengues] na caminhada vitoriosa na Champions League.

No Flamengo, o grande exemplo desta espécie é o meia Éverton. E não é o Ribeiro, que vem mostrando rápida adaptação ao grupo rubro-negro e que na última quarta-feira (05), contra o Palestino, fez o seu primeiro gol pelo Fla – em pênalti cobrado com extrema categoria.

Palestino Flamengo Copa Sudamericana(Foto: CR Flamengo)

Quando foram anunciadas as contratações de Berrío e Conca, o camisa 22 foi quase levado automaticamente para o banco de reservas pela forma como alguns imaginavam que funcionaria o 4-2-3-1 rubro-negro. Mas o incansável jogador de 28 anos defendeu o seu lugar com unhas e dentes. E futebol, é claro.

No Brasileirão, com a bola rolando nenhum outro jogador do Flamengo criou mais oportunidades de gol [13] até a 11ª rodada. Juntando com os lances de perigo oriundos de bola parada, Diego, o ‘cara’ do time, consegue igualar o meia-atacante que defende as listras em preto e vermelho há seis anos – considerando as suas duas passagens pelo clube.

Dono de um gol no Brasileirão, Éverton também é um dos que mais arriscam finalizações [15], além de dividir a liderança nas assistências com Diego e o seu xará da camisa 7 [2]. Sempre busca os passes para os companheiros no terço final do campo. E em 68 ocasiões conseguiu.

Everton Diego Flamengo Santos Copa do Brasil 28062017Coadjuvante com importância de protagonista (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Mas como é lugar comum no futebol, o seu esforço é exacerbado ainda mais quando analisamos o seu desempenho na fase defensiva: sempre pelo lado esquerdo, é quem mais efetua desarmes no time que vai acendendo na tabela da Série A [15].


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Contra o Palestino, responsável por tornar o Flamengo em chacota com a impensável eliminação na Copa Sul-Americana de 2016, Éverton fez uma partida completa. No primeiro confronto da revanche de 2017, pelo mesmo torneio, foi quem mais retomou a posse de bola [6 vezes], o que mais arriscou passes no campo de ataque [34] e buscou cruzamentos [7]. Chamou o jogo.

Everton Roberto Gutierrez Palestino Flamengo Copa SudamericanaPartidaça contra o Palestino (Foto: CR Flamengo)

Ainda mais do que isso, criou sete chances de gols para os seus companheiros de time. Todo esse esforço foi premiado com duas assistências na goleada por 5 a 2 que enche o Rubro-Negro de moral antes do clássico contra o Vasco, pelo Brasileirão. Moral essa que vem pelo bom momento e graças às circunstâncias da vitória obtida contra a equipe chilena, que chegou a estar na frente no placar.

Mesmo assim, Éverton não foi o personagem principal na grande maioria das crônicas pós-jogo. O gol de letra anotado por Leandro Damião – aproveitando bela jogada do camisa 22 – e os primeiros tentos de Rafael Vaz e Éverton Ribeiro foram as manchetes principais.

Além disso, vale lembrar que no atual elenco flamenguista Éverton é o jogador com os títulos mais importantes pela instituição, sendo o Campeonato Brasileiro de 2009 a sua maior glória até aqui. Em um time estrelado, com Diego, Guerrero e outros excelentes nomes, Éverton não é apenas um herói pouco citado. É um ídolo invisível, mas que a cada partida vem tornando evidente a sua importância.

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