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Fabinho Alisson Liverpool 2018Getty Images

Eu sou você amanhã: Porto x Liverpool é o duelo de vendedor e comprador de brasileiros de impacto

Não é de hoje que o Porto é reconhecido no mundo da bola como um vendedor de excelência, principalmente de jogadores brasileiros. Nas duas últimas décadas, o clube português valorizou e consequenemente lucrou com as transferências de grandes nomes como Pepe, Deco, Hulk e mais recentemente Éder Militão. 

De 2009 a 2019, os dragões atingiram a marca de 187 milhões de euros em vendas de atletas de origem brasileira: Hulk (60 milhões para o Zenit), Danilo (31,5 milhões para o Real Madrid), Alex Sandro (26 milhões para a Juventus), Casemiro (7,5 milhões para o Real Madrid), Maicon (12 milhões para o São Paulo) e Éder Militão (50 milhões para o Real Madrid). A casa dos 200 millhões de euros está perto de ser alcançada com a eventual saída de Alex Telles, provavelmente por 40 milhões de euros para o Atlético de Madrid.

Rival portista nesta quarta-feira, nas quartas de final da Liga dos Campeões, o Liverpool também está criando uma identidade ligada ao Brasil. O clube inglês, por sua vez, está se fortalecendo como um expressivo comprador de brasileiros. Brasileiros que, verdade seja dita, têm nível de seleção e já foram disputados por outros gigantes europeus.

No passado não muito distante, os reds até chegaram a investir em brasileiros. Porém, todos sem muito impacto no momento da aquisição, entre eles Fábio Aurélio (2006), Lucas Leiva (2007), Diego Cavalieri (2008), Doni (2011) e Phillipe Coutinho (2013). O cenário agora é diferente. Começou a mudar com a chegada de Roberto Firmino, em 2015, por 41 milhões de euros, e aqueceu de vez nesta temporada com as contratações de Alisson e Fabinho, que, juntos, custaram 125 milhões de euros.

A Fenway Sports Group, dona do Liverpool, foi a responsável pela mudança de filosofia. Resolveu investir pesado em reforços e ainda passou a dificultar as vendas dos principais craques do time. Só liberou Coutinho para o Barcelona depois de meses de impasse. Depois de tamanha queda de braço, conseguiu 160 milhões de euros pelo meia-atacante, o que se tornou a segunda transferência mais cara da história do futebol internacional (atrás apenas de Neymar para o PSG, por 222 milhões de euros).

A consolidação dos reds ao compreender o mercado com outros olhos também tem sotaque forte e sorriso largo: Jurgen Klopp. Além do currículo vitorioso e da qualidade para montar e gerir a equipe, o alemão que chegou a Anfield no fim de 2015 vindo do Borussia Dortmund tem um carisma ímpar, uma característica que ajuda na confiança interna e, acima de tudo, atraí os jogadores, principalmente os brasileiros. Firmino, por exemplo, é visto como uma espécie de "xodó" do treinador.

"Tenho 51 anos e sempre vi brasileiros de classe mundial em todo o mundo. Meu pai, por exemplo, me disse uma vez que não importa o que os jornais digam no futuro, o Pelé foi o melhor de todos. Quando cheguei ao Liverpool, Lucas Leiva, Philippe Coutinho e Roberto Firmino já estavam aqui. Trouxemos Fabinho e Alisson porque eles são bons jogadores, não porque são brasileiros", explicou Klopp, nesta terça-feira, no Estádio do Dragão, ao ser perguntado sobre a importância que o Brasil atualmente tem dentro do clube.

Para a próxima temporada, não vai causar surpresa alguma uma eventual contratação de mais um jogador de origem brasileira. David Neres é um dos alvos que estão na lista de desejos do Liverpool. Mas a concorrência não é brincadeira. Roma, PSG, Arsenal e Tottenhm também estão de olhos no jovem atacante de 22 anos que tem sido uma das sensações do Ajax.

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