A Seleção Brasileira foi do "inferno ao céu" na vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia, no Morumbi, na noite desta sexta-feira (14), pela estreia da Copa América. Isso porque, após fazer um primeiro tempo fraco, o Brasil foi para o vestiário ouvindo fortes vaias, mas com a conquista do placar na etapa complementar, ouviu os fãs gritarem "olé" e aplaudirem depois do apito final.
O cenário não surpreendeu Daniel Alves. O lateral-direito, inclusive, conversou com a imprensa após o triunfo brasileiro e aproveitou para cutucar a torcida presente no Morumbi, já visualizando o próximo jogo da Seleção contra a Venezuela, em Salvador, na terça-feira (18).
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"Eu falei antes, na Bahia o axé é diferente, as pessoas sentem falta da Seleção Brasileira, sentem falta dessa energia que o time leva aonde passa. Tenho certeza que lá vai ser um pouco mais animado que aqui. Tiveram momentos em que, se o Tite gritasse do banco, a gente conseguia escutar do campo. Uma quietude normal, da desconfiança por um resultado não tão positivo assim. Mas acredito que na Seleção é preciso personalidade, e aqui (Seleção) é o que mais tem", afirmou o lateral-direito, que irá voltar às suas origens na Bahia.
"Acredito que metade do estádio lá vai ser meu. É sempre uma alegria, uma satisfação muito grande voltar onde tudo começou, sempre passa um flashback quando piso naquela terrinha, mas sem dúvida nenhuma que o axé lá vai ser diferente", completou.

(Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/Getty)
Questionado sobre a conversa que houve entre a equipe e Tite no intervalo após o mau primeiro tempo do Brasil, Daniel Alves voltou a falar sobre o ambiente no Morumbi para explicar a mudança de comportamento brasileiro em campo.
"O que acontece a gente gosta de guardar aqui dentro, mas se a gente pode falar alguma coisa é pedir para ter paciência. Porque aqui, é muito difícil às vezes jogar em São Paulo, todo mundo... torcedores de clube, então isso é o mais complicado nesse aspecto", disse.
"Mas quem joga somos nós. Quem tem que ter paciência e controle emocional, tem que ter a serenidade para ser constante naquilo que a gente propõe, tem que ser nós. E a resposta no segundo tempo foi essa, a gente fez um ajuste ali porque eles estavam com as linhas muito atrás e isso dificultava um pouco a nossa circulação. Estávamos forçando muito as jogadas e os pequenos ajustes que fizemos, abrimos mais espaço, tivemos mais campo, a personalidade necessária para jogar aqui no Brasil e no final começaram a aparecer as ocasiões, os gols e a vitória", finalizou.
