Após o apito final, Pep Guardiola teve que voltar até o último mês de abril para se relembrar do gosto amargo de uma derrota na Premier League inglesa. Do outro lado, Jurgen Klopp se deliciou com a vingança contra o Manchester City, contra quem o seu último encontro havia sido marcado por uma derrota por 5 a 0.
Conforme os pedidos do treinador alemão, a resposta veio dentro de campo e acabou com 30 partidas de invencibilidade dos Citizens na primeira divisão. Autor de um dos gols, o senegalês Sadio Mané, personagem do embate anterior por ter sido expulso, mostrou segurança para garantir que o Liverpool tinha habilidade para vencer qualquer time.
A dose extra de moral no discurso encontrou a hora perfeita para fazer efeito: o primeiro jogo dos Reds após a saída de Philippe Coutinho para o Barcelona. E a resposta não poderia ter sido melhor, ou mais simbólica, neste novo período sem o brasileiro que era, dentro do time, a referência técnica. Substituto do ex-camisa 10 taticamente, Alex Oxlade-Chamberlain abriu a contagem para o L’pool em Anfield.
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Ao empate do City, com gol de Leroy Sané, no final do primeiro tempo, o Liverpool respondeu com um belo gol de Roberto Firmino na segunda etapa. Sadio Mané e Mohamed Salah, com um golaço, deram certa folga aos comandados de Klopp, que apesar do susto causado pela investida final dos adversários [que diminuíram com Bernardo Silva e Gundogan] terminaram com o triunfo por 4 a 3.
Na entrevista pós-jogo, Klopp elogiou a sua equipe e ainda fez uma mea-culpa pelo estilo de futebol demonstrado pelo seu time: reativo, com menos posse de bola mas aproveitando ao máximo os espaços que apareciam.
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“Foi uma afirmação muito importante, absolutamente, mas apenas isso”, disse. “Nós somos o Liverpool, não deveríamos, honestamente, tentar desta maneira. Mas não tínhamos alternativas, precisamos ser corajosos, jogar futebol e eu estou realmente feliz por isso. A pressão que exercemos no segundo tempo, na hora dos gols, foi algo diferente. Realmente espetacular, mas jogamos futebol, no primeiro tempo, contra um time muito bem organizado”.
“Se você falar sobre o City, será sempre sobre o quão bom eles são em jogar com sabedoria. Mas eles também são brilhantemente organizados. Então, contra um time tão organizado assim, jogar bola nos espaços que tivemos com as situações que criamos, não foram muitas, mas tivemos bons momentos e boas chances... não há alternativa contra eles”.
Uma vitória com as suas ressalvas, mas acima de tudo espetacular. “É preciso ter um time de futebol muito bom para fazermos aquilo contra eles, e graças a Deus eu tenho um”, concluiu o comandante alemão, deixando Philippe Coutinho definitivamente no passado.




