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Junior Urso Bruno Henrique Flamengo Corinthians Copa do Brasil 04062019

Corinthians mostra que sabe atacar, vê Love crescer e celebra mesmo sem vaga

Diz a sabedoria popular que é importante aprender com as derrotas. Mas e celebrar derrotas, é possível?

Talvez celebrar seja uma palavra um pouco forte, mas o Corinthians pode ao menos sair otimista de campo após a derrota para o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã que provocou sua eliminação da Copa do Brasil.

Se no Paulistão o Corinthians chegou ao título mesmo sem dominar jogos e brilhar tecnicamente, agora foi a vez de perder finalmente mostrando um futebol ofensivo e envolvente.

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Na noite de terça foram 14 chutes a gol contra o Flamengo, quatro a mais do que a média do time nas 10 primeiras rodadas do Brasileirão, por exemplo. E a média ainda cai para oito se contarmos apenas os jogos fora de casa, o que era a situação do confronto contra o Flamengo.

Mas não foi só chutar, e sim criar boas oportunidades para esses chutes. Mesmo sem Fágner, machucado, que vinha sendo a melhor válvula de escape do time no ano, o Corinthians conseguiu fazer a transição da defesa para o ataque e chegar na área adversária tocando a bola.

Foi interessante ver Jadson mais ativo no meio de campo, Júnior Urso participando mais do ataque e Vágner Love fazer provavelmente seu melhor jogo na temporada. O atacante conseguiu dominar e chutar diversos cruzamentos e lançamentos difíceis dentro do área, correu o jogo todo mesmo no auge de seus quase 35 anos e ainda continuou produzindo mesmo quando mudou de posição após as entradas de Gustagol e Boselli.

 Média no BR-19Média fora de casa no BR-19Contra o Flamengo
Chutes a gol10814
Posse de bola48%49%50%

Outro bom sintoma veio nos passes. A dupla que mais interagiu pelo Corinthians foi Danilo Avelar e Clayson, que trocaram 14 passes contra apenas quatro da dupla de zaga Henrique e Manoel. Quem vê os jogos do Corinthians costuma perceber (e se irritar, dependendo do apego) com as constantes trocas de passe entre os zagueiros que não acham espaço para sair jogando. Um exemplo: na partida contra o Grêmio há algumas semanas Manoel e Henrique trocaram passes entre eles 20 vezes.

Fazer o Corinthians conseguir executar um futebol tão ofensivo sem se expôr tanto na defesa foi um grande avanço para o trabalho do técnico Fábio Carille, mas otimismo não quer dizer que o trabalho está finalizado.

Essa foi apenas uma partida na temporada e não sabemos como será a sequência. E há também os poréns do jogo contra o Flamengo: o time fez seu melhor jogo ofensivo na temporada e não fez um golzinho sequer? Chutou 14 vezes, diversas em boas situações, e só quatro bolas foram em direção ao gol? É pouco.

Em entrevista após o jogo, o técnico Fábio Carille também reclamou do erro de passes simples que mataram alguns ataques. "Muitas vezes a gente colocou o companheiro de maneira apertada para receber a bola", comentou.

A eliminação ao menos não é trauma. O elenco do Flamengo é melhor e o Corinthians está em boa situação no Campeonato Brasileiro e na Copa Sul-Americana, o que falta é conseguir mais vezes impôr um ritmo ofensivo nas partidas dessas competições. Ontem vimos que isso é possível, falta agora descobrir se é possível repetir e melhorar.

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