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Copa America Trofeo TrophyAFP

Copa América 2019 vale muito... e para muita gente!

Torneio continental de seleções mais antigo do mundo, a Copa América [chamada inicialmente de Campeonato Sul-Americano de Seleções] nasceu atraindo o máximo de atenção das três principais praças futebolísticas do continente – Brasil, Argentina e Uruguai. Entretanto, depois de décadas houve ocasiões em que nem sempre ela importava tanto para atrair os maiores craques das melhores equipes. A edição de 2019, entretanto, terá o seu início nesta sexta-feira (14) como uma das mais importantes dos últimos anos: cada selecionado tem algo a provar. E ve

O Brasil, dentre todas as 12 equipes participantes, é quem se vê com a maior responsabilidade para levantar a taça no próximo dia 7 de julho, no Maracanã. Em primeiro lugar, para manter o histórico de sempre ter conquistado o título nas vezes em que recebeu a competição [foi assim em 1919, 1922, 1949 e 1989]. Mas por outras razões que vão ainda além, como remediar as decepções e vexames que passaram a ser constantes após o Mundial de 2014 e consequente 7 a 1. Até mesmo as últimas caminhadas nas edições 2015 e 2016 da Copa América terminaram em vexame, com a última participação sendo abreviada ainda na fase de grupos.

O Brasil sem Neymar, pressão em Tite e recuperação de Coutinho

Tite em coletiva de imprensaPedro Martins / MoWA Press(Foto: Pedro Martins / MoWA Press)

Além de também não conquistar o certame desde 2007, a importância da Copa América se estende para outras duas individualidades. A mais importante delas é na capacidade de Tite de ter conseguido montar uma equipe que não dependa exclusivamente de Neymar, cortado por lesão no tornozelo e que, mais uma vez, não poderá ajudar o Brasil. Se na primeira metade de seu trabalho, entre 2016 até a eliminação na Copa do Mundo de 2018, viveu em clima de Lua de Mel com torcida e crítica, não é mais o cenário atual.

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O treinador convive com a pressão de entregar o resultado histórico (título) e de fazer isso sem a sua maior referência técnica. Ou seja: a estrutura segura montada pelo comandante terá de prevalecer, e embora o presidente da CBF, Rogério Caboclo, tenha garantido a permanência de Tite independentemente do resultado final, sabemos que o destino pode ser indefinido. Dentro de campo, será a oportunidade de Philippe Coutinho assumir o protagonismo técnico e demonstrar que a temporada ruim com a camisa do Barcelona foi apenas um tropeço. Poucas vezes a seleção brasileira teve tanta pressão para conquistar uma Copa América.

Argentina: fim do jejum e Messi

Lionel Messi Argentina 2019Getty Images(Foto: Getty Images)

A importância de um título para a seleção argentina é quase um “Ctrl C + Ctrl V” em relação ao discurso dos últimos anos. Afinal de contas a narrativa de uma gigante que, embora esteja sempre entre as favoritas, luta para acabar com a seca de troféus com o time principal – que já perdura incríveis 26 anos – é conhecida. Tanto quanto a saga de Lionel Messi, um dos maiores e melhores jogadores de todos os tempos, que consequentemente segue sem conseguir um único troféu pelo seu país.

O time, hoje treinado por Lionel Scaloni, está quase que absolutamente renovado em relação ao que disputou os últimos torneios: Messi, Aguero e Di María são os rostos mais conhecidos. Dentre os 23 convocados, sete nem eram vivos na última vez em que a Albiceleste conquistou um título – justamente uma Copa América, em 1993. Individualmente para Messi, será mais uma oportunidade de quebrar esta maldição e ser mais valorizado no país em que nasceu. Uma taça também pode lhe ajudar na busca pela sexta Bola de Ouro, uma vez que o Barcelona ficou apenas com o título espanhol apesar da boa temporada do camisa 10.

Uruguai: manter hegemonia e orgulho

Luis Suarez Edinson Cavani Uruguay World Cup 2018Getty(Foto: Getty Images)

Os uruguaios entram na disputa pensando no título, embora correndo um pouco por fora, e querendo manter o famoso orgulho charrua em alta por dois motivos especiais: mostrar que, apesar de contar com um elenco experiente, com jogadores já entrando na reta final de ciclo com a Celeste, como Luis Suárez e Edinson Cavani, podem disputar a taça. É, também o caso do técnico Óscar Tabárez, de 72 anos, que era o treinador da equipe no vice-campeonato de 1989, última vez em que o Brasil recebeu o certame. Além disso, com 15 títulos de Copa América conquistados, a Celeste Olímpica quer manter uma distância segura em relação aos argentinos (donos de 14 taças) para seguir no topo.

Chile: mostrar que ausência no Mundial de 2018 foi um tropeço

Alexis Sanchez Chile Copa America 2016Getty Images(Foto: Getty Images)

Atual bicampeão, o Chile entra na disputa querendo provar que a péssima campanha nas Eliminatórias - onde iniciou como uma das favoritas e terminou somente na sexta posição, sem ter conseguido vaga para a Copa do Mundo na Rússia - foi apenas um tropeço. A equipe, que conta com Alexis Sánchez e Arturo Vidal como grandes destaques, também pode fazer história se erguer o troféu: jamais um país conseguiu o feito em três participações consecutivas.

Um título para marcar uma excelente geração

James & Falcao Colombia - Japón Amistoso 2019Getty(Foto: Getty Images)

E se os chilenos querem se reafirmar, os colombianos teriam dado tudo por um título nas duas últimas edições. E ainda pensam assim. Os Cafeteros seguem a contar com nomes como Falcao García e James Rodríguez, líderes de uma boa geração que muito prometeu... mas ainda não conseguiu conquistar a América.

Os demais

Paolo Guerrero Australia Peru 26062016Getty(Foto: Getty Images)

Dentre as demais seleções participantes, o Peru – que desta vez conta com Polo Guerrero em grande forma, ao contrário do que houve no Mundial de 2018 – é quem corre por fora querendo surpreender. Situação parecida à dos paraguaios. Tida como ‘café com leite’ em um passado nem tão recente, a Venezuela quer seguir a dar passos para frente no futebol e demonstrar que o vice-campeonato no Mundial sub-20 de 2017 não foi acaso. Bolívia, Equador e os convidados Qatar e Japão (com um time repleto de jovens) ficariam felizes apenas se não passassem uma grande vergonha.

Realidades diferentes para seleções distintas. A 46ª edição da Copa América promete muita e tem uma importância gigantesca para cada um dos principais times participantes.

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