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Cruzeiro Fluminense Brasileirao Serie A 12112017© Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Cinco Estrelas: empates demais


Por João Henrique Castro 


Nos últimos dois jogos, dois empates. Dois pontos conquistados, quatro pontos perdidos. Copo meio cheio. Na verdade, mais vazio do que para cheio. Afinal de contas, uma equipe que empate todos os jogos do campeonato termina com 38 pontos e rebaixada a Série B.

Claro que as chances de um time empatar todos os jogos de um campeonato com 38 rodadas é irrisória e é um exagero sugerir que o Cruzeiro neste Brasileirão empatou tanto. Mas sim, em 2017 a Raposa empatou demais.

Dentre todos os participantes, apenas Fluminense (13) e Avaí (12) empataram mais que o time cinco estrelas (11). 11 pontos conquistados, 22 pontos perdidos. Pouco menos que os 30 pontos desperdiçados nas 10 derrotas ao longo do torneio até aqui.

O pior de empatar demais é que você acaba vencendo pouco. O Cruzeiro venceu apenas duas partidas a mais do que a Chapecoense, décima terceira colocada, por exemplo. Só perdeu menos que Corinthians e Santos, é verdade. Mas se empatar em pontos com Grêmio e Palmeiras na reta final, já leva desvantagem exatamente pelo número de vitórias.

O excessivo número de empates, por muitas vezes, sugere um estilo de jogo pouco ousado de quem em boa parte das partidas deixa o campo sem perder, mas também sem vencer o adversário. Mas sequências de empate acabam impedindo de alçar voos mais altos na tabela.

Antes de ser derrotado pelo Atlético-PR, por exemplo, o Vasco vinha na caça ao G-7 e desperdiçou oportunidades com uma sequência de três empates em quatro jogos. Era vencer e chegar lá. Não aconteceu, ao menos até aqui.

Com o Cruzeiro, aconteceu o mesmo na disputa com o Santos pelo quarto lugar. Era vencer e deixar o Peixe para trás, empate com o Avaí. Nova chance na rodada seguinte, empate com o Vitória.

Os muitos empates acabaram auxiliando o Cruzeiro na Copa do Brasil, mas para 2018 seria ótimo que o time fosse além de perder pouco. Sentimos falta, e a classificação cobra, de vencer mais.

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João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito.
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