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Junior Dutra Corinthians 22 01 2018Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Bando de Loucos: Saída pelo centro


Por Luís Butti, de São Paulo


Em meio a diversos aplicativos, um simpático game de futebol chamado Top Eleven figura no meu celular. Durante o jogo, há algumas opções por onde passar a bola pro ataque para que o meu Sousas City FC consiga achar o gol. Uma delas, que gosto muito, se chama “Pelo Corredor Central”, onde consiste em passar a bola para os meias acharem um atacante na extensão da meia lua, mais centralizado, e não pelas laterais. O time insiste pela faixa do meio do campo para a grande área.

Curiosamente, o que serviu para o Sousas City foi o segredo do sucesso para o Corinthians. Após o tropeço contra a Ponte Preta na estréia, quando perdemos por 1 a 0 no Pacaembu, o Corinthians achou o segredo da vitória contra o São Caetano: botar uma sombra para os meias (Mateus Vital arrebentou nos treinos), parar de insistir pelas pontas, com chuveirinhos improdutivos, e focar mais no meio.

Paramos de queimar bolas aleatórias.

Apesar das dificuldades de Kazim para matar todas as bolas (Deus do céu, Kazim. Me ajuda a te ajudar, cara), o turco conseguiu um bom pivô para o gol de Jadson. Centralizado, claro. O corredor central do gramado do Pacaembu parecia se consolidar como a área de perigo para o Azulão. Os defensores pareciam bastante confusos.

Jadson - Corinthians x São Caetano - 21/01/2018© Daniel Augusto Jr/Ag. CorinthiansFoto: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Um Corinthians num 4-1-4-1, esquema este raramente utilizado por Carille, onde o jogo é em uma outra faixa de campo diferente de 2017.

Não temos mais Arana e Jô pra forçar nas laterais, e da lateral pra área.

No segundo tempo, após um gol anulado do São Caetano, Cássio bate um tiro de meta e a bola cai pelas pontas. Mas o gol de Júnior Dutra sai após a bola quicar e sobrar exatamente ali: no centro. Gol.

O terceiro gol do Corinthians vem de onde? Da intermediária. Central, é óbvio. Júnior Dutra sai da bola de Jadson (que parecia sinuca) e o terceiro gol sai. É o segundo do Camisa 10 na partida. O quarto gol vem com Romero, no lugar certo, dentro da área, numa pancada pro gol. 4 a 0, sem sustos.

A lição para a partida contra a Ferroviária está clara: desafogar o jogo nas pontas, acabar com a previsibilidade das laterais, e das laterais pro pivô. 2017 já acabou.

Entramos na era da bola trabalhada perto da meia-lua, com certa velocidade e precisão nos chutes. Bastou botar uma sombra para Jadson e Rodriguinho, que logo veio o brilho individual.

O Corinthians previsível ao se marcar as laterais não existe mais. Um novo sistema de jogo está sendo trabalhado. Por um lugar do campo bastante letal.

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Luís Butti é redator publicitário, compositor e corintiano das antigas. Adora música, polêmica e redes sociais. É a favor do mata-mata e vê na Arena Corinthians o seu "Jardim do Éden"...
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