Por João Henrique Castro
"Equilibrista atravessa Praça Sete em corda de aço a 69 metros de altura". Foi assim que o Estado de Minas noticiou a aventura de Thiago Guimarães Silva, praticante de highline e que atravessou de um prédio para outro na região central da capital mineira na última quarta-feira.
Não tardou muito e a repercussão da notícia na Internet fez com que alguns cruzeirenses brincassem: "Era o Mano Menezes no comando do Cruzeiro" E, de fato, a analogia faz todo sentido.
Light Press/Cruzeiro
(Foto: Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro)
Após a derrota no clássico no último domingo, não foram poucos os que acreditavam que o treinador celeste não retornaria ao comando do time após a folga da equipe. Na segunda-feira, o boato da demissão do treinador teve corpo e a diretoria celeste, por sua vez, demorou a se posicionar. Costumeiro sinal de que há algo estranho no ar.
Veio a reapresentação e com ela mais uma semana de trabalho de Mano Menezes. No entanto, atualmente tudo que o treinador fala vira polêmica e aumenta a antipatia daqueles que o querem fora do grupo.
NÚMEROS DO CRUZEIRO NO BRASILEIRÃO
A promessa de não sofrer três gols no próximo jogo e o tratamento dado a Lennon, indicação do próprio treinador, na coletiva de imprensa foram mais que declarações infelizes. Indicam um cenário de desgaste e pressão que incomoda a todos: Diretoria, treinador, dirigente....
Virar este momento é crucial, mas isto só será possível com uma sequência de bons resultados. A instabilidade na temporada contrasta com o que é necessário para um ambiente de trabalho tranquilo na Toca da Raposa II. E a cada novo tropeço, Mano tem ficado mais desgastado.
Não era Mano Menezes que caminhava pelos céus da Praça Sete. Mas o desafio do comandante celeste, hoje, parece ser ainda mais complicado.
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João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito. |





