Por João Henrique Castro
A estreia do Cruzeiro na temporada 2018 agradou a torcida cinco estrelas. Com muita festa e mais de 42 mil torcedores no Mineirão, a Raposa se impôs sobre o Tupi e venceu com tranquilidade, apesar dos dois gols terem saído apenas na segunda etapa.
Desde o apito inicial o que se viu em campo foi um Cruzeiro agressivo e pressionando a equipe do interior. Na primeira etapa, aliás, a arbitragem equivocadamente anulou um gol de Arrascaeta em uma jogada que encheu os olhos construída com uma bela triangulação entre Rafinha, Fred e o meia uruguaio.
As triangulações, aliás, foram inúmeras na partida. Ainda no primeiro tempo, e antes do gol anulado, Fred só não abriu o placar por chegar um pouco atrasado em um cruzamento na área. Nos gols de Robinho e de Rafinha, as trocas de passes também deixaram os artilheiros livres para as conclusões. E foram dois golaços: Um tirambaço de fora da área de Robinho e um toque sutil de letra de Rafinha.
Foto: © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Destacar Rafinha, inclusive, é fazer justiça a participação do atleta em campo. Intenso durante todo o tempo que esteve em campo, Rafinha sinaliza que vai brigar por uma vaga na equipe. Quem ganha com isso é o Cruzeiro, afinal de contas as substituições mostraram claramente a força do elenco.
No segundo tempo, Rafinha, Robinho e Arrascaeta deixaram o time e deram lugar para Rafael Sobis, Thiago Neves e Bruno Silva. E ao longo do ano as opções ainda passam por Judivam, Raniel, Sassá, Mancuello.... Sobram alternativas para Mano Menezes que, sem dúvida, tem a disposição o melhor elenco desde sua primeira passagem pelo clube em 2015.
Por fim, cabe destacar a vontade de Fred. Ao longo dos 90 minutos ficou nítido que os jogadores se esforçavam para que ele pudesse já em sua reestreia balançar as redes. O centroavante, contudo, foi solidário, deu passes e, ainda que um pouco ansioso, não foi egoísta na conclusão das jogadas. Com boa movimentação fora da área e um trabalho de pivô destacado, Fred demonstrou também ter, enfim, as características que um centroavante precisa ter para não comprometer a velocidade de um ataque qualificado pelos meias e pontas que temos no elenco.
Era o Tupi, é verdade! Mas o começo foi de encher os olhos. E que siga assim!
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João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito. |