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Dani Alves Juventus Monaco Champions LeagueGetty Images

Equilíbrio entre setores, personificado em Daniel Alves, colocou a Juventus na final da Champions League

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Por Tauan Ambrosio 

A Juventus voltou a ser superior ao Monaco e, com vitória por 2 a 1, não precisou passar por muitos dramas para garantir vaga em mais uma decisão de Champions League. O último passo no caminho até Cardiff, onde será realizada a grande final, foi pavimentado por mais uma exibição espetacular de Daniel Alves.

O brasileiro, que já havia ajudado, com duas assistências, a construir uma excelente vantagem com os 2 a 0 no jogo de ida, voltou a ser decisivo: foi ‘garçom’ no primeiro gol, anotado por Mandzukic [embora o excelente cruzamento não tenha sido contabilizado como assistência, já que o croata estufou as redes no rebote de seu próprio chute], e fez um golaço que deixou a ‘Velha Senhora’ bem tranquila.

A excelente fase do camisa 23 juventino já havia sido tema nas entrevistas coletivas antes da partida. De um lado, Massimiliano Allegri elogiou o seu comandado e, do outro, o português Leonardo Jardim afirmou que teria atenção particular com o brasileiro.

Jardim, inclusive, surpreendeu muita gente ao deixar de lado a tática que ajudou a equipe do principado a chegar tão longe na Europa: ao invés do 4-4-2, entrou em campo com um 3-5-2, tendo o luso Bernardo Silva atrás dos atacantes Radamel Falcao e Kylian Mbappé. Outra surpresa foi a ausência de Fabinho, um dos destaques do time, na equipe titular.

Força no meio de campo para pressionar a saída de bola da Juve, e dois atacantes letais lá na frente. Se o Monaco precisava de um resultado quase impossível contra a melhor defesa desta Champions League, era necessário ousar. Mas, apesar de alguns bons momentos, não deu nada certo. Aproveitando os muitos contra-ataques oferecidos pelos adversários, e a fraca exibição dos zagueiros monegascos, a Juventus garantiu o seu lugar na grande decisão ainda no primeiro tempo.

Os adversários até demonstravam, bem no início, que poderiam surpreender. A pressão feita na saída de bola juventina, principalmente na marcação aos alas alvinegros, incomodava os donos da casa. Só que deixava espaços atrás, e quando a Juve começou a acertar a transição para o ataque o Monaco mostrou grande ineficiência para se recompor na defesa. O desequilíbrio de um fez diferença ao ser confrontado com o equilíbrio do outro.

Mario Mandzukic Juventus Monaco Champions LeagueGetty Images Perfeito taticamente, Mandzukic abriu o placar (Foto: Getty Images)

Em jogada de velocidade iniciada por Buffon, Alex Sandro disparou sozinho pela esquerda antes de tocar para Dybala. Os adversários começavam a voltar às suas posições defensivas quando o argentino passou para Pjanic, que encontrou Dani Alves na direita. O cruzamento perfeito do ex-barcelonista só não contou como assistência porque Mandzukic aproveitou o rebote do próprio chute para inaugurar o marcador.

Dani Alves Juventus Monaco Champions LeagueGetty Images O brasileiro voltou a desequilibrar (Foto: Getty Images)

Dani Alves ainda deu outros dois passes espetaculares no primeiro tempo: eles só não viraram assistências pela posição de impedimento de Higuaín, e graças à grande defesa de Subasic após arremate de Dybala. Se não era dia de ser garçom, o baiano resolver decidir de outra maneira. Aos 44’, aproveitou bola afastada pelo goleiro adversário e, de primeira, acertou um lindo chute de fora da área. Com 2 a 0 no placar, os visitantes precisavam estufar quatro vezes a meta defendida por Buffon. Uma tarefa praticamente impossível, convenhamos.

Mbappé até apareceu para diminuir a contagem no minuto 69’, já no segundo tempo. Entretanto, o tento serviu apenas para colocar o francês como atleta mais jovem a ter estufado as redes em uma semifinal de Champions, além de ter colocado um fim aos 600 minutos invencíveis de Buffon na competição [a quinta melhor marca neste quesito]. Apesar de nunca ter desistido, o Monaco já estava batido.

Mandzukic Dani Alves Juventus Monaco Champions LeagueGetty ImagesA Juve teve o equilíbrio que faltou ao Monaco (Foto: Getty Images)

E foi batido porque a Juventus, talvez, seja a equipe europeia que da maneira mais cirúrgica consegue executar a sua estratégia de jogo. Além disso, é um time que mostra equilíbrio incrível entre suas fases de defesa e ataque. Parece coincidência, mas os heróis desta terça-feira (09) em Turim também figuraram como grandes destaques na hora de recuperar a bola: Mandzukic, que apesar de atacante volta para cobrir Alex Sandro no lado esquerdo, foi quem mais conseguiu interceptações de passes (5) do adversário.

Mas ninguém personificou tão bem esse equilíbrio de setores quanto Daniel Alves: o brasileiro liderou na criação de chances de gols (3), deixou a sua marca e recuperou mais bolas do que qualquer outro jogador de sua equipe (10).  Fez papel de meia, voltou a ser ala e participou mais do sistema defensivo no segundo tempo. Completo e efetivo, justamente como essa Juventus que se anima para acabar com um jejum de 21 anos sem levantar a taça mais cobiçada do Velho Mundo.


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