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Palmeiras x Athletico, Copa Libertadores 2022Getty Images

Athletico e a sina de decidir longe de casa

Mesmo dono de um dos estádios mais modernos da América Latina, o Athletico e sua torcida têm passado o cadeado no portão de casa e colocado o pé na estrada quando chega o momento de decidir campeonatos.

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Das oito finais nacionais e internacionais disputadas nos últimos cinco anos, só duas foram decididas na Arena da Baixada: a Copa Sul-Americana de 2018 (conquistada em cima do Junior Barranquilla-COL) e a Copa do Brasil de 2021 (perdida para o Atlético-MG).

Na primeira, a torcida vibrou como nunca o pênalti para fora do colombiano Jarlan Barrera, imediatamente alçado a ídolo atleticano. Na segunda, a massa rubro-negra protagonizou uma das mais emocionantes provas de amor ao clube, cantando a plenos pulmões mesmo diante do placar adverso. Duas noites que, só de lembrar, me enchem os olhos d’água.

É claro que poder decidir em casa, com a torcida a favor, é um diferencial e tanto para qualquer equipe. Mas quis o destino (e a equivocada Conmebol) que a regra de dois jogos finais nos torneios continentais mudasse e privasse grande parte da nossa apaixonada torcida de acompanhar o clube justamente em seu melhor momento na história.

No ano passado, milhares de atleticanos fizeram o impossível para assistir in loco a final da Copa Sul-Americana em Montevidéu: enfrentaram a distância de 1.500 kms, o ingresso caro e em dólar, a pandemia e todo tipo de burocracia para ver o time ser bicampeão em cima do Red Bull Bragantino.

Agora o desafio é outro, muito mais complexo. De Curitiba a Guayaquil, ondeo Athletico tentará fazer história contra o Flamengo em outubro, são SEIS MIL QUILÔMETROS. Para efeito de comparação, Lisboa (Portugal) fica a “apenas” 4.500 km de Moscou (Rússia).

Fora essa distância mais que continental, a cidade de Guayaquil não recebe voos regulares do Brasil nem tem rede hoteleira suficiente para uma final de Libertadores.

Tudo poderia ser mais fácil, melhor e até mais rentável para as partes (clubes e entidade), mas não: na tentativa de emular o futebol da Europa, onde as distâncias são menores e há vasta malha ferroviária e rede hoteleira, a Conmebol joga contra o produto que visa valorizar.

Em todo caso, como paixão não se explica, o povo atleticano segue fazendo cálculos de rota, traçando estratégias de logística e buscando saídas financeiras para superar toda essa adversidade e acompanhar o clube no momento mais importante da sua história até aqui.

A julgar pelo retrospecto recente de decisões fora de casa, o desempenho tem sido bastante equilibrado: até aqui, foram três vitórias (Copa do Brasil 2019, Copa Suruga 2019 e Sul-Americana 2021) e três derrotas (Recopa 2019 e 2022 e Supercopa do Brasil 2020).

Guayaquil será o fiel da balança nesse recorte estatístico e torço para ser favorável a nós. A história atleticana mostra que nada nunca veio fácil, mas essa tradição também “nos legou o sangue forte”, como diz o nosso hino. Que venha 29 de outubro!

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