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Dorival Júnior Santos FCIvan Storti/SFC

Análise: A teimosia de Dorival Júnior

Desde julho de  2015, quando retornou e reassumiu o elenco santista, Dorival Júnior é o técnico há mais tempo dirigindo uma equipe no futebol brasileiro. Mas, o treinador que até o fim do ano passado era incontestável principalmente por parte do torcedor santista, começou a receber uma chuva de críticas desde o início da temporada do Santos. Um dos motivos é a teimosia do comandante.

Nos anos anteriores, o Santos tinha um elenco enxuto, com poucas opções. Em 2017 o clube investiu aproximadamente R$ 24 milhões em reforços pedidos justamente por Dorival Júnior. Aí entra o primeiro ponto: com Gustavo Henrique e Luiz Felipe lesionados, o técnico optou por montar o time com apenas um zagueiro de ofício, mesmo tendo o contratado Cléber à disposição. Ainda que treinando em pré-temporada e também entre um jogo e outro, os jogadores pareceram não ter assimilado bem a ideia do treinador e, como já sabido, o Peixe foi irregular no estadual. O comandante chegou a mudar a estratégia, mas as atuações fracas seguiram até a sua queda diante da Ponte Preta nas quartas de final.

Outro fator importante para o desempenho irregular do Peixe se dá pelo fato de alguns jogadores estarem em má fase, como Ricardo Oliveira, Zeca (lesionado, mas que jogou bastante) e Vitor Bueno. E a teimosia de Dorival entra aqui de novo. Claro, os técnicos mantém o discurso e também não poderia ser diferente, de não desistir do jogador. Mas a situação de Vitor Bueno é nítida. O meia tem atuado mal, demonstra irritação por isso e, quando substituído, não esconde o abatimento. A incógnita que fica é que, agora tendo novos nomes dentro do elenco, o porquê não colocá-los desde o início, ao invés de insistir no jovem meia, desgastando também a imagem dele com a torcida.

O trabalho de Dorival Júnior no Santos tem sido bom, partindo do ponto que ele tirou a equipe de uma zona de rebaixamento e conduzindo até dois vice-campeonatos, além de um título estadual e claro, não merece ter a corda no pescoço. Mas essa teimosia pode ainda fazer mais mal ao clube da Vila Belmiro, que ainda tem Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato pela frente. 

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