
Se a Argentina acredita em milagres, é por causa de Messi. Apenas a sua presença em campo faz a sua equipe acreditar que pode voltar a jogar uma final mundial na Rússia em 2018.
A partida das oitavas de final contra a França, mesmo com classificação ou eliminação, o “deus” do Barcelona terá que acabar com a sua seca diabólica de gols em mata-mata.
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E enquanto Leo acumula 6 gols em 18 jogos, todos eles só chegaram nas fase de grupos: Sérvia e Montenegro em 2006, Bósnia, Irã e Nigéria (2) em 2014 e Nigéria novamente em 2018. Mas o camisa 10 ainda não conseguiu comemorar em qualquer jogo das oitavas, quartas, semifinal ou final de uma Copa do Mundo, acumulando já 666 minutos sem conversão.

Em 2006, o atacante de 31 anos disputou 36 minutos contra o México (saiu no final do segundo tempo e jogou toda a prorrogação das oitavas); em 2010, teve 90 minutos novamente contra o México nas oitavas, e 90 contra a Alemanha nas quartas; já em 2014, jogou 120 minutos contra a Suíça nas oitavas, 90 contra a Bélgica nas quartas, 120 contra a Holanda na semi e outros 120 minutos contra a Alemanha, na grande final. Nunca marcou, e não lhe sobraram ocasiões para isso, nesses sete encontros de mata-mata.
Depois que Messi assinou o milagre de Quito em outubro do ano passado, Sampaoli se referiu à maior conta destacada do craque de Rosário. “Messi não deve uma Copa do Mundo à Argentina, o futebol deve uma Copa do Mundo a Messi”, disse o treinador da Albiceleste na coletiva de imprensa após o triunfo sobre o Equador, na partida que lhes deu a classificação para a Rússia.
O futebol está a quatro jogos de pagar essa dívida com o melhor jogador de sua geração. Em primeiro, contra a França. Se a Argentina espera vencer uma Copa do Mundo depois de 32 anos, Messi deve começar a mandar sua raia ao próprio diabo.
