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Cristiano Ronaldo Real MadridGetty Images

A camisa pesou de novo, assim como o tamanho de CR7, o senhor Champions League

Header Gabriel PaziniGoal Brasil

É um dos bordões mais antigos e, convenhamos, chatos do futebol, mas não deixa de ser verdade. Mais uma vez, a camisa pesou e o Real Madrid superou seus problemas para conseguir um grande resultado no mata-mata da Uefa Champions League. Está longe de ser inédito, já aconteceu nas últimas temporadas, mas não deixa de impressionar como os Blancos crescem na hora da verdade da competição europeia.

Nesta quarta-feira (14), foi assim mais uma vez. Não foi com uma atuação exuberante, mas o Real Madrid bateu o Paris Saint-Germain por 3 a 1 no Santiago Bernabéu, conseguindo uma boa vantagem para o duelo de volta das oitavas de final na França. Os Merengues fizeram um bom primeiro tempo, com forte marcação pressão na saída de bola dos parisienses, forçando vários erros do adversário e, consequentemente, criando boas chances. No entanto, na etapa final, o rendimento madrilenho caiu e o PSG foi melhor.

Melhor até os 30 minutos.

Isso porque Zinedine Zidane novamente se provou. Bicampeão da Champions League e do Mundial de Clubes, e campeão de La Liga, entre outros títulos, com apenas dois anos de trabalho, o treinador mais uma vez mostrou porque é um ótimo e competente profissional e merece a confiança madridista, apesar da temporada ruim. Ele mexeu muito bem na sua equipe com as entradas de Bale, Asensio e Lucas Vázquez, lançando seu time ao ataque e dando nova vida ao setor ofensivo, que voltou a pressionar e criar boas chances. São sete vitórias seguidas em casa no mata-mata da UCL para os Blancos com Zizou no comando.

Marcelo Zinedine Zidane Real MadridGetty Images

Por outro lado, Unai Emery mais uma vez se apequenou, cometeu erros e mostrou que está longe de ser o técnico ideal para o PSG. A entrada de Meunier na vaga de Cavani é simplesmente lamentável. Por mais que Dani Alves como ponta direita tenha criado boas chances, o time sentiu falta de sua referência no ataque e, com as boas substituições de Zidane, chamou demais a equipe espanhola para o seu campo. Além disso, o treinador também errou na escalação, fazendo mudanças que não deveriam ser feitas e se provaram equivocadas.

Além da tática e dos treinadores, pesou a camisa. O gigante Real Madrid se impôs ao PSG que, inegavelmente, está (muito) abaixo dos Blancos na história do futebol. Como já ocorreu anteriormente, os franceses se apequenaram contra um poderoso rival, enquanto o Real, de forma impressionante, mais uma vez superou seus problemas e cresceu em um grande jogo de Champions League. Não à toa, é o maior e atual bicampeão da competição.

E também pesou a estrela.

Cristiano Ronaldo Real Madrid PSG Champions LeagueCristiano Ronaldo Neymar Real Madrid PSG Paris Saint-GermainGetty Images(Fotos: Getty Images)

Neymar fez um bom jogo. Ele perdeu uma boa chance de gol ao escorregar no primeiro tempo, é verdade, e teve seus momentos de destempero, mas teve boa atuação. Aberto pelo lado esquerdo do ataque parisiense, variando seu posicionamento e muitas vezes entrando em diagonal, ele criou boas chances, foi muito incisivo abrindo espaços com dribles em jogadas individuais e se movimentou muito. No entanto, ele ficou na sombra de um dos seus concorrentes na luta pelo posto de melhor jogador do mundo. Ele ficou na sombra do senhor Champions League.

Compare os números de Neymar e CR7 na partida:

GFX Neymar Cristiano Ronaldo PSG Real Madrid Uefa Champions League 2017/18

Maior artilheiro da história da UCL, com 115 gols, sendo 101 deles em 95 jogos pelo Real Madrid, e principal goleador da edição atual, com 11 tentos em sete partidas, Cristiano Ronaldo, assim como sua equipe, não faz uma boa temporada, mas cresce nos momentos decisivos, especialmente na competição europeia. Em suas últimas 12 aparições no torneio, ele marcou 21 vezes.

Nesta quarta-feira, ele decidiu mais uma vez. O gajo começou lento, participando pouco e perdendo um gol feito, mas depois cresceu e muito. Se movimentando e variando entre referência no ataque e também pelos flancos, o camisa 7 abriu espaços, criou bons lances e, novamente, definiu para o Real. Ele não criou tantas chances nem se movimentou e tocou tanto na bola quanto Neymar, mas foi mais efetivo e, novamente, decisivo. O português mais uma vez apareceu quando seu time precisou dele.

Primeiro de pênalti e depois com um típico gol de centroavante definidor e decisivo, função que se tornou sua marca nos últimos anos, CR7 marcou duas vezes. Ele foi fundamental na virada do Real Madrid, consolidada por Marcelo, outro que fez ótima partida, apenas três minutos após o segundo tento do português, quando o PSG ainda sentia o baque e levou o golpe fatal.

A diferença de um gigante para os outros. A diferença de um time que cresce na hora da verdade para outro que se apequena.

A diferença do clube e do jogador que são os senhores da Champions League.

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