Vinícius Junior, Cristiano Ronaldo e o ranking dos 25 maiores jogadores do Real Madrid no século 21

Pouco tempo com a camisa do Real Madrid? Possivelmente. Mas Bellingham carregou o time de Ancelotti em boa parte da última temporada com seus gols - e então complementou isso com sua versatilidade no meio de campo - durante uma memorável campanha de estreia no Santiago Bernabéu.

Ele deveria ter vencido a artilharia do Campeonato Espanhol para marcar sua primeira campanha, mas um papel mais defensivo ao final da temporada o fez ficar aquém. Ainda assim, mais de 20 gols com 20 anos e sem ser um jogador de ataque não é nada ruim. Bellingham pode passar, desarmar e correr como os melhores. Pode ser criticado às vezes por sua atitude, ou exigido mais por torcedores na Espanha e na Inglaterra, mas o camisa 5 tem a qualidade para estar entre os melhores do mundo nos próximos anos. Isso é apenas o começo.

Um jogador tão bom que deram nome a uma posição inteira a ele. "O papel de Makelele" não era necessariamente um conceito novo no futebol (volantes defensivos de fato existiam antes do francês), mas seu domínio em diversas áreas inspirou uma geração de jogadores e levou equipes de toda a Europa a tentar encontrar seu próprio destruidor de meio de campo que pudesse oferecer aquele toque extra de qualidade.

O tempo de Makélélé na capital espanhola foi breve. Ele jogou pelos Merengues por três anos e fez apenas 145 partidas. Mas quando estava em campo, o Madrid era imenso. Eles ganharam dois títulos de La Liga com sua presença no time, e sua incansabilidade no meio permitiu que todos à sua frente se expressassem melhor.

Zinedine Zidane mais tarde admitiria estar furioso pelo Real Madrid ter deixado Makélélé sair para se juntar ao Chelsea em 2003. Outros se debruçaram sobre sua habilidade, e sua impressão no mundo do futebol ainda pode ser vista hoje.

A carreira de clube de Di María tem sido inconstante. Embora sua qualidade sempre tenha sido evidente, ele nunca conseguiu juntar várias temporadas de sucesso. O mais próximo que chegou, no entanto, foi nos seus quatro anos em Madrid, onde o atacante desempenhou um papel fundamental na era pré-Gareth Bale, servindo como uma presença ofensiva valiosa, seja pela ponta ou pelo meio.

O que sempre foi negligenciado, no entanto, foi o trabalho defensivo do argentino, onde sempre estava disposto a lutar como um meio-campista ofensivo ao lado de Xabi Alonso e Luka Modric. Os números também são decentes, já que encerrou sua carreira no Santiago Bernabéu com 36 gols e 85 assistências em 190 partidas; nada mal para um jogador que nunca seria uma opção ofensiva primária com Cristiano Ronaldo conquistando Bolas de Ouro ainda jogando aberto.

Di María encerrou sua carreira no clube sendo nomeado o Homem do Jogo na final da Champions League, enquanto Los Blancos derrotavam o Atlético de Madrid para conquistar a "La Decima". Foi uma forma e tanto de sair para o autor do segundo gol da final da Copa do Mundo de 2022.

Quando o Real Madrid contratou Mesut Ozil do Werder Bremen em 2010, todos sabiam que era um ótimo jogador após suas atuações pela seleção da Alemanha na Copa do Mundo daquele ano. No entanto, havia algumas preocupações. Um jogador jovem conseguiria se destacar no Real, onde teria a tarefa de fornecer passes para jogadores como Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Ángel Di María?

Não deveria haver dúvidas, no entanto. Ozil liderou a Europa em assistências em sua temporada de estreia e foi o principal criador em La Liga por três campanhas consecutivas, à medida que sua conexão com seus companheiros de equipe beirava a telepatia. O alemão deixou Madrid com 80 assistências, um troféu do Campeonato Espanhol e uma seleção de "highlights" que ainda vale a pena assistir hoje.

Vamos falar sobre aquele fatídico passe. Guti está em direção ao gol, cara a cara com o goleiro do Deportivo La Coruña. Ele provavelmente poderia colocar a bola à direita ou à esquerda e marcar seu nome no placar. Em vez disso, em movimento, sem olhar, o meia tocou a bola para trás, um toque sutil a poucos metros atrás dele. E Karim Benzema aproveitou, correndo para o espaço vazio e empurrando para o gol.

Foi completamente desnecessário, e Guti realmente deveria ter marcado ele mesmo. Mas em vez disso, optou pela jogada ousada, aquele toque extra de qualidade, e esse era o estilo do jogador em poucas palavras.

Ainda atacante em seus primeiros dias de clube, Guti se tornou um criador de primeira linha, renomado por sua técnica, visão e ousadia. E embora seus melhores anos pelo Real Madrid tenham ocorrido na virada do século, ele ainda terminou sua carreira nos Merengues com 77 gols e incríveis 94 assistências.

Higuaín tem um legado complicado no cenário do futebol. Embora tenha sido um artilheiro extremamente bem-sucedido em vários níveis, ele será, infelizmente, lembrado por algumas oportunidades perdidas cruéis. No entanto, antes de tudo isso, foi um talento de destaque em Madrid. O argentino teve seis anos fortes no clube, marcando 121 gols - mais do que Ronaldo Fenômeno e Gareth Bale.

Chegando como um reserva para o envelhecido Ruud van Nistelrooy, Higuaín aproveitou sua oportunidade quando o holandês sofreu uma lesão em 2008. Ele terminou em segundo na corrida da artilharia de La Liga na temporada 2009/10 e foi um jogador decisivo nos anos seguintes. O centroavante deixou a capital espanhola com três títulos do Campeonato Espanhol e uma Copa do Rei - embora seja um dos poucos jogadores nesta lista a nunca ter levantado uma Champions League. De alguma forma, seu legado parece inacabado. No entanto, seu impacto foi sentido na Espanha.

Xabi pode ter deixado o Liverpool porque Rafa Benítez realmente queria Gareth Barry, mas se tornou uma verdadeira lenda do Real Madrid. Ele chegou na capital espanhola em um momento estranho, com Los Blancos se desenvolvendo em um time fantástico - mas que estava ficando atrás quando comparado ao domínio do Barcelona de Pep Guardiola. Em sua primeira temporada, Alonso ajudou a equipe a alcançar um recorde com 96 pontos - uma marca que ainda estava aquém dos 99 que o Barça somou para vencer La Liga.

Ele continuou a ter um impacto em mais quatro temporadas completas, e comandou a "volância" da equipe. Ele foi nomeado o melhor meio-campista do Espanhol na campanha de 2011/12 e fez parte do Timeda Temporada da Champions League em 2013. Acrescente um título de liga e a "Orelhuda" que ele deixou em Madrid, e tudo isso compõe uma carreira grandiosa.

Muitos dos momentos mais memoráveis de Roberto Carlos como jogador de futebol - incluindo aquele golaço de falta por fora da barreira - ocorreram no final da década de 1990, e na virada do século XXI, e o brasileiro já estava do outro lado de seu auge. Ainda assim, havia muito futebol dentro dele. O lateral-esquerdo foi uma constante da velha geração enquanto os "Galácticos" se formavam, e sobreviveu a diversas oscilações da equipe.

Tal longevidade sempre estava destinada a trazer algum tipo de sucesso material. Roberto deixou Madrid na janela de transferências do meio de 2007, com quatro títulos do Campeonato Espanhol e três Champions Leagues em seus 10 anos de serviço. Um jogador icônico que inspirou tantos que vieram depois.

Apesar de não ter atingido todo o seu potencial devido a lesões, o Fenômeno ainda tinha muito futebol dentro de si quando se juntou ao Real Madrid. Tendo acabado de ganhar a Copa do Mundo e garantindo a Bola de Ouro de 2002, Ronaldo já não era tão explosivo quanto em seus primeiros anos, mas permanecia como uma lenda do futebol mundial.

Ele terminou sua carreira no Real Madrid com 103 gols e 34 assistências em 177 partidas - uma boa parte delas ocorrendo em seus primeiros dois anos no clube. O atacante pode ter exagerado ligeiramente em sua permanência, mas isso não tirará nada de sua grandeza como atleta.

Carvajal adaptou seu jogo tantas vezes à medida que envelheceu. Primeiro um lateral mais fixo e duro, depois uma presença ofensiva, depois deixado de lado como quem já teve seu melhor momento, Carvajal se redescobriu na campanha de 2023/24. Ele se tornou uma verdadeira ameaça no ataque e muitas vezes foi o jogador mais avançado em campo pelo Real Madrid, ao marcar em uma série de jogos cruciais - não menos que o gol na final da Champions League.

O futuro de Carvajal no futebol ainda é incerto. Uma séria lesão no joelho no início desta temporada pode deixar o jogador de 32 anos fora por um ano, e é provável que o clube tenha um plano de sucessão preparado para ele. Parece ser uma maneira cruel de dizer adeus a alguém cuja reputação revivida o tornou um grande de todos os tempos no Bernabéu.

Bem, Toni Kroos e Luka Modric precisavam de alguém para fazer o trabalho sujo por eles... Modric era a parte divertida do meio de campo todo poderoso de Madrid do meio dos anos 2010, com todos os ângulos inteligentes e passes precisos. Kroos era o mestre dos passes, com excelentes lances em curta e longa distância. E no meio estava Casemiro, sentado na base do trio e apagando incêndios por todo lado. Um volante de marcação firme com muito mais qualidade com a bola do que nunca recebeu reconhecimento, o brasileiro era perfeito para os meio-campistas que trabalhavam de cada lado dele.

Na verdade, Casemiro poderia jogar em qualquer lugar e fazer acontecer. Sua habilidade de finalização com a bola é semelhante à de muitos camisas 8, enquanto ele pode fazer passes como um clássico 10. Em sua melhor forma, foi o melhor primeiro volante do futebol mundial, um meio-campista defensivo "faz-tudo" que simplesmente fazia todos ao seu redor melhorarem.

Poucos jogadores têm a ousadia de se mudar do Barcelona para o Real Madrid. Ainda menos o fazem quando estão no auge de sua carreira e são candidatos à Bola de Ouro. Mas foi exatamente isso que Figo fez em 2000.

Se havia alguma distração real associada à travessia do El Clásico, o nível de Figo em campo não demonstrou isso. O português ganhou o prêmio de Melhor Jogador do Mundo em 2001 e passou cinco anos armando jogadas ao lado de Zidane no meio de campo merengue. Ele deixou Madrid com dois títulos de liga em seu nome - o mesmo número que conquistou no Barca.

Vamos deixar algo claro: Gareth Bale gosta de futebol. Ele provavelmente gosta bastante, na verdade: certamente o suficiente para ser o melhor jogador galês de todos os tempos e confortavelmente o melhor jogador britânico na história do Campeonato Espanhol. Talvez apenas a dureza dos torcedores de Madrid e os problemas com lesões tenham manchado sua reputação nos Merengues - e o feito cair abaixo da lista dos grandes do clube.

Mas quando Bale estava em forma, era deslumbrante. Há todo tipo de momentos memoráveis e pontos de contato a serem encontrados aqui. Ele efetivamente encerrou a carreira de Marc Bartra com um gol ridículo na final da Copa do Rei de 2014, e virou uma final da Champions League com uma bicicleta audaciosa contra o Liverpool quatro anos depois.

Mais amplamente, no entanto, Bale era um devastador artilheiro e criador, que desenvolveu uma conexão telepática com Cristiano Ronaldo e Benzema. Os craques sempre vão se destacar, tendo contribuições para 173 gols. Se ao menos ele conseguisse fazer os fãs realmente gostarem dele...

Talvez Courtois esteja nesta lista com base em apenas uma performance. O time poderia ter sido facilmente derrotado na final da Champions de 2022 se não fosse o esforço do belga no gol, que fez uma defesa após a outra para afastar a pressão do Liverpool. Mas é muito mais do que apenas um goleiro de grandes jogos; Courtois, nos últimos três anos, tem sido o modelo de consistência no gol quando saudável.

Um excelente defensor, bom distribuidor e verdadeiro líder na defesa, Courtois é talvez o segundo melhor goleiro a vestir a camisa do Madrid - não é ruim quando se considera quem é o número um (mais sobre isso depois). E aos 32 anos, ele ainda tem muito mais futebol para jogar.

Onde Vini estará classificado nesta lista até o final de sua carreira? Top cinco? Top três? Ele pode ter sido um infeliz segundo lugar para Rodri na corrida pelo Ballon d'Or de 2024, mas não há dúvida de que o brasileiro merece o prêmio em algum momento.

Após algumas temporadas de dificuldades seguindo sua transferência do Flamengo ainda na base, Vinicius se desenvolveu como o melhor jogador do mundo em Madrid. Um driblador devastador, habilidoso e finalizador que melhora a cada dia, é agora a presença perfeita para este time de Los Blancos.

Talvez seu melhor atributo, entretanto, seja a ousadia de seu jogo. Sim, Vinicius é um "showman" e realmente difícil de marcar, mas ele sempre parece saber quando soltar a bola, e não tem problemas em fazer uma assistência quando um gol poderia ter acontecido. Considerando os gols em duas vitórias em finais de Champions League, seu status como uma lenda do Bernabéu já está quase confirmada.

Quem disse que os laterais não podem ser mais habilidosos do que os atacantes? Marcelo, hoje em dia, existe em highlights do YouTube e nos melhores momentos do X (Twitter), todos com dribles, truques e passes de efeito. Mas isso conta apenas metade da história de um dos maiores defensores da história do Real Madrid.

O brasileiro poderia defender como os melhores, tenaz em alguns momentos e calculado em outros, o que significa que realmente não havia uma disputa um contra um onde você não apostasse nele. No ápice de sua carreira em Madrid, foi nomeado capitão e deixou o clube com mais títulos do que qualquer jogador na história dos Merengues. Não é um legado ruim, considerando os jogadores que vestiram a camisa branca ao longo dos anos.

Outra lenda do clube presa entre eras, Raul jogou seu melhor futebol pelo Real Madrid no final dos anos 90. Um garoto da base que foi gradualmente afastado do time quando o século 21 começou, foi, no entanto, um verdadeiro líder e um enorme talento.

Raul talvez não seja lembrado tanto fora da Espanha devido ao mero talento de seu sucessor. Até a chegada de Cristiano Ronaldo, o atacante foi o maior artilheiro da história dos Blancos e o artilheiro da história da Champions League. E talvez, de forma mais ampla, foi a figura central associada ao maior clube da Espanha.

As conquistas de Ronaldo não deveriam diminuir as 741 partidas de Raul pelo Madrid, duas artilharias do Campeonato Espanhol e o status que ele adquiriu desde que voltou à capital espanhola para treinar as equipes de base.

O que aconteceu com os bons e velhos zagueiros físicos? Realmente, os aterrorizantes não existem mais, tal é a evolução da posição para algo mais técnico. Pepe foi um dos últimos, e o Real Madrid esteve muito melhor por causa disso. Ele ofereceu o parceiro perfeito para Sergio Ramos, que faz tudo, assustando os adversários com suas entradas agressivas e sua atitude muitas vezes imprudente em relação à defesa. Na verdade, as faltas do português frequentemente beiravam o perigoso - e ele se envolveu em alguns episódios totalmente violentos.

Mas, quando estava no controle, Pepe era um excelente defensor um contra um, definido por sua falta de medo, força no jogo aéreo e habilidade com a bola. Também marcou muitos gols importantes para o clube.

Karim Benzema teve que esperar pelo seu momento em Madrid, mas quando ele chegou, realmente aproveitou. Sim, o francês marcou muitos gols enquanto compartilhava o campo com Ronaldo e Bale, mas também passou grande parte desses anos fazendo todas as coisas sendo coadjuvante - preso em posições nas quais não conseguia realmente se expressar enquanto sacrificava seus instintos de artilheiro. Apenas quando Ronaldo saiu e Bale foi afastado do time ficou claro o quão bom Benzema podia ser. Sua campanha de 2021/22 foi uma das maiores, pois ele marcou 44 gols e deu 15 assistências em todas as competições a caminho de conquistar a Bola de Ouro.

Benzema liderou reviravoltas na Champions League naquela temporada, garantindo que Los Blancos permanecessem como reis da Europa. E mesmo na última campanha marcada por lesões em Madrid que se seguiu, ainda conseguiu causar impacto. Sempre muito bom, Benzema deixou o Real como um verdadeiro grande.

Provavelmente isso diz mais sobre Madrid do que sobre Casillas, que um jogador de sua qualidade possa estar apenas em sexto lugar nesta lista. Afinal, o espanhol é de longe o melhor goleiro da história de seu país e, certamente, está entre os maiores da era moderna.

Casillas nasceu em Madrid, fez sua estreia no time principal ainda adolescente e não saiu realmente do time a partir de então. Se tornou o goleiro mais jovem a jogar na final da Champions League e o mais jovem a vencê-la. Ganhou todos os principais troféus no Madrid, incluindo cinco títulos de La Liga e três "Orelhudas".

Em 2008, ficou em quarto lugar na votação da Bola de Ouro - uma marca até então nunca vista para um goleiro. Foi um pouco afastado em 2015, mas não antes de conseguir 725 jogos e cinco anos como capitão do clube.

Toni Kroos nunca foi um atleta físico muito bom. Ele não conseguia, mesmo em seu auge, cobrir grandes distâncias, e não era do tipo que se lançava em carrinhos ou perseguiam um oponente. Na maioria dos casos, o alemão realmente precisava de um volante defensivo atrás dele, ou de um jogador mais "motorzinho" à sua direita. Mas quando tudo estava em seu lugar, Kroos estava entre os melhores passadores a jogar o jogo. Ele podia fazer praticamente tudo ao chutar uma bola: curtas ou longas, levantadas ou ajeitadas. Dê ao alemão o tempo e uma equipe ao seu redor para trabalhar, e ele poderia, metronomicamente, desmantelar um oponente.

Crucialmente, Kroos sabia exatamente quando se retirar. Ele desfrutou de sua melhor temporada em 2023/24, mas com uma geração mais jovem chegando ao Real Madrid, não havia mais para onde ir, nenhuma altura maior a alcançar, ao garantir mais uma vez o doblete de La Liga e da Champions League para deixar o Bernabéu com 22 títulos ao seu nome.

Como descrever Ramos? Zagueiro Rolls Royce? Goleador eficiente? Mestre das artes obscuras? O defensor mais versátil e completo que a Espanha já produziu é provavelmente uma descrição correta.

Ramos pode ter iniciado sua carreira no Sevilla, mas sempre será associado ao Real Madrid. Primeiro como lateral-direito, depois como zagueiro, era um excelente atleta, temido em um contra um e calmo com a bola. Ele é lembrado por sua capacidade de se destacar em grandes momentos, particularmente por seu gol de cabeça contra o Atlético de Madrid na Champions League de 2014 que manteve "La Decima" viva.

Mas, principalmente, o espanhol passou muito tempo despercebido de forma educada, fazendo tudo em um nível tão alto que se tornou um entediante falar sobre ele. Ele esticou as regras aqui e ali? Claro. Mas todos os grandes zagueiros têm seus jeitos. Ramos não foi diferente - e isso só o tornou melhor.

Parece severo, de certa forma, colocar Modric à frente de Kroos. Os dois estão tão intimamente associados há tanto tempo - suas habilidades tão complementares - que realmente não há muita diferença entre eles. Talvez Modric ganhe pontos, então, pela longevidade e aquela brilhante Bola de Ouro que conseguiu em 2018.

O croata não marca muitos gols nem dá assistências - especialmente não nos dias de hoje. Mas em sua melhor forma, é o conectivo perfeito para qualquer meio-campista, uma espécie de híbrido camisa 8 e 10 que consegue ligar o jogo com facilidade e produzir um passe decisivo quando necessário.

E então, há sua capacidade de continuar atuando. Modric fará 40 anos em breve, e ainda parece um jogador crucial para este time do Madrid. Ele pode nunca se aposentarem se seguir assim!

Se Figo foi o primeiro "Galáctico", a chegada de Zidane, em 2001, foi uma confirmação do projeto que o Real Madrid estava empreendendo. Um maestro no meio de campo, Zidane foi Modric antes de Modric, um jogador que fazia de tudo no centro do campo e que podia comandar jogos sozinho.

Claro, houve os grandes momentos: seu voleio na final da Champions League de 2002 permanece como um dos grandes gols que enaltecem a competição. E então houve todas as partes intermediárias. Os toques, truques e habilidades. As divididas, a liderança no meio. Ele deveria ter vencido mais no Madrid? Provavelmente. Mas quem se importa? Zidane é um dos melhores que já existiram, e não poderia ter feito mais, individualmente falando, no Bernabéu.

Embora sempre enfrente comparações com Messi, não há dúvida de que Cristiano Ronaldo é o melhor jogador da história do Real Madrid. Os números brutos por si só são impressionantes: 451 gols em 438 jogos como madridista; 105 na Champions League, enquanto ele marcou 34 hat-tricks apenas no Campeonato Espanhol. Quatro Bolas de Ouro, dois títulos de La Liga e quatro Ligas dos Campeões mal arranham o que ele alcançou no Bernabéu.

Mas mais importante do que tudo isso é o que Ronaldo deu ao mundo do futebol: uma verdadeira rivalidade com um dos outros grandes do jogo. Um Real Madrid sem CR7 teria custado no Espanhol por anos, assistindo a um Barça liderado por Messi dilacerar a Espanha. O português, primeiro como um ponta, depois como um centroavante, tornou Los Blancos competidores - e vencedores por direito próprio.

O "Robozão" sempre terá seus críticos e será apontado pelo seu individualismo, mas os números não mentem: é um dos melhores de todos os tempos e o maior do maior clube do mundo.